Vice-primeiro-ministro italiano, Luigi Di Maio afirmou nesta terça-feira que o governo “não recuará um milímetro” da proposta de déficit orçamentário de 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB), mesmo após críticas da União Europeia. Anteriormente, o comissário de Economia da UE, Pierre Moscovici, afirmou que os planos representam “um desvio significativo” em comparação com o compromisso antes adotado. Presidente do Comitê de Orçamento da Câmara dos Deputados, Claudio Borghi, da governista Liga, sugeriu que o país poderia abandonar o euro, o que resolveria seus problemas fiscais. O governo em Roma, porém, disse que não há a intenção de fazer isso, segundo a agência Ansa.
Di Maio acusou Moscovici de “criar terrorismo com os mercados”. Segundo ele, lideranças europeias desejam que o governo italiano caia. Já o ministro das Finanças, Giovanni Tria afirmou que a proposta orçamentária busca promover o necessário crescimento no país, o que será benéfico para suas finanças no longo prazo. Tria não participa de uma reunião nesta terça-feira de 28 autoridades do setor financeiro da UE, voltando a Roma para trabalhar no Orçamento, que precisa ser enviado a Bruxelas até meados de outubro.
Outro vice-premiê do país, Matteo Salvini rebateu as críticas da UE, dizendo que “burocratas europeus” continuam a pressionar os mercados locais. “Nós estamos prontos a cobrar os estragos daqueles que desejam o mal da Itália”, atacou.