No acordo de colaboração premiada de Ant0nio Palocci, firmada com a Polícia Federal em Curitiba, o ex-ministro conta detalhes de esquemas de propinas atribuídos ao PT.
A delação, revelada em primeira mão pelo site O Antagonista, foi publicado na tarde desta segunda-feira (1º/10). As delações vinham preocupando o Partido dos Trabalhadores (PT), a seis dias das eleições, no próximo domingo, dia 7 de outubro.
Palocci delatou esquema de propinas na Sete Brasil, nas obras de Belo Monte, na compra de blocos de exploração na África e na relação entre o grupo Schahin, o PT e o instituto de pesquisas Vox Populi. O ex-ministro também colaborou nos autos do inquérito aberto para apurar o vazamento da operação contra Lula.
Na delação, Palocci relata uma reunião no Palácio do Planalto com a presença do então presidente Lula. De acordo com o depoimento do ex-ministro, ficou acertado o pagamento de R$ 40 milhões para a campanha de Dilma Rousseff à Presidência da República, em 2010. De acordo com Palocci, Dilma também estaria presente a esta reunião.
Em um trecho da delação, Palocci relata que “os ilícitos permearam todas as relações entre os grupos envolvidos. O governo, segundo Palocci, precisou se utilizar de cargos em estatais para se adequar ao caminho escolhido para a formação das alianças.