A defesa do ex-governador de Goiás e candidato ao Senado Federal, Marconi Perillo (PSDB), quer que ele preste depoimento à Polícia Federal (PF) a respeito da Operação Cash Delivery depois das eleições.
O advogado de Perillo, advogado do político, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, informou ao G1 que a Polícia Federal nesta segunda-feira (1º/9). “Requeri à delegada que ele fosse ouvido após as eleições. […]. Felizmente, a delegada Marcela teve bom senso e passou o depoimento dele para após as eleições. Ainda sem data e horário definidos]”, disse o advogado ao G1.
Pelo menos R$ 1 milhão foi apreendido com o grupo ligado ao Marconi Perillo. A Operação Cash Delivery apura se Perillo recebeu propina de R$ 12 milhões em dois governos dele. Para os policiais federais, as propinas seriam para favorecer empreiteiras em contratos com o estado de Goiás.
Na sexta-feira (28/9), a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão. Jayme Rincón, então coordenador da campanha do atual governador, Zé Eliton (PSDB) e candidato à reeleição, foi preso.
Além dele, um dos principais auxiliares de Marconi Perillo, presos o advogado Pablo Rogério Oliveira, os policiais militares Márcio Garcia de Moura e Jayme Rincón, que também é motorista.
Filho de auxiliar de Marconi Perillo também foi preso
Já em São Paulo, a Polícia Federal prendeu o filho de Jayme Rincón, o engenheiro civil Rodrigo Godoi Rincón e também o empresário Carlos Eduardo Pacheco Júnior.
Ainda conforme Kakay, a defesa quer adiar o depoimento por causa da proximidade das eleições. “Eles haviam pedido para ele depor na segunda agora, mas eu liguei lá e conversei com a delegada e expliquei que seria mais uma possibilidade de uso político.”
Mesmo que não concorde com o mudus operandi da investigação, o advogado defende que é necessário que haja Justiça. “Não que as pessoas não tenham que ser investigadas, todo mundo pode e deve ser investigado, mas nada justificaria […] que fizesse isso há 8 dias da eleição”, afirmou ao G1.