Estagnada nas pesquisas, a candidata da Rede, Marina Silva, disse nesta quarta-feira, 26, que o diálogo está sempre aberto com quem não foi pego no “doping da corrupção” e reafirmou que estará no segundo turno. Nos bastidores do debate entre presidenciáveis das eleições 2018 do SBT, membros de sua equipe reafirmaram que a candidata da Rede não retirará sua campanha para apoiar nenhum candidato.
“Numa democracia a gente dialoga com as pessoas, e eu disse que iria dialogar sempre com aqueles que não foram pegos no doping da corrupção e, claro, estamos todos em um processo eleitoral que ainda tem muito chão pela frente e, se Deus quiser, vamos chegar ao segundo turno discutindo propostas com propósito”, disse Marina antes do debate. Ela também relatou ter tido conversas com Ciro Gomes (PDT) e Alvaro Dias (Podemos) durante a pré-campanha.
A coordenação da campanha tenta minimizar a reunião entre candidatos do centro, organizada por Miguel Reale Júnior. Marina recusou o convite para o encontro ao ser informada de que Geraldo Alckmin (PSDB) e Henrique Meirelles (MDB) também participariam. Inicialmente, somente Alvaro Dias e João Amoêdo (Novo) compareceriam à reunião.
Marina é crítica do governo do presidente Michel Temer (MDB) e da aliança de Alckmin com o Centrão. Sua campanha diz que não há diálogo possível com quem ela vem criticando desde o início do ano.
Questionados a respeito da entrevista do coordenador de programa ao jornal O Estado de S. Paulo, João Paulo Capobianco, que defende uma aliança de Centro, auxiliares de Marina concordam, nos mesmo termos que o aliado: desde que ela seja a cabeça de chapa.
Para seu vice, Eduardo Jorge (PV), “diálogo sempre tem, se vai ter resultado é outra história, principalmente de um diálogo que deveria ter sido feito há um ano”. Antes do debate do SBT, ele criticou a forma como a reunião foi organizada por Miguel Reale. “Primeiro, as pessoas têm que aprender a fazer reunião, de forma sigilosa”.