A incorporadora Gafisa passará por uma revisão em sua governança corporativa e em seu planejamento estratégico após a reconfiguração no conselho de administração definida na assembleia geral realizada na terça-feira, 25.
A gestora de recursos GWI conseguiu aprovar a destituição do conselho e eleger cinco dos sete membros do colegiado. Até então, ela detinha apenas dois assentos. Em breve conversa com o jornal O Estado de S. Paulo e com o Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), o dono da GWI, Mu Hak You, afirmou: “Vamos ter foco nos acionistas e mais transparência na gestão.”
Executiva da GWI, Ana Maria Loureiro Recart evitou dar detalhes sobre eventuais mudanças pretendidas no dia a dia da companhia, mas disse que haverá “foco total nos resultados”. Ela acrescentou que, em breve, será convocada uma reunião do conselho eleito para alinhar as novas diretrizes da Gafisa.
Embora a GWI não confirme, fontes próximas do assunto disseram que as mudanças consideradas para a Gafisa envolvem possível troca na diretoria, revisão na política de remuneração dos principais executivos e mudança de sede, para redução de despesas administrativas.
Oposição
Efetivada na terça-feira, a troca do conselho de administração da Gafisa enfrentou oposição interna. As consultorias de governança corporativa Glass Lewis e Institucional Shareholder Services (ISS), que assessoram investidores em tomadas de decisões, recomendaram aos acionistas que votem contra a proposta de destituição do conselho. As consultorias argumentaram que a GWI não apresentou razões para substituição do grupo. A própria direção da Gafisa publicou recentemente um informe publicitário nos jornais criticando a iniciativa da GWI. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.