O secretário executivo do Ministério da Agricultura, Eumar Novacki, disse nesta quarta-feira, 19, que a pasta escolheu o pesquisador aposentado Sebastião Barbosa para a presidência da Embrapa. O nome foi encaminhado ao Palácio do Planalto, que dará a palavra final sobre a escolha.
Barbosa integrava uma lista tríplice na qual estavam também o atual diretor da empresa, Cleber Soares, e o ex-ministro da Agricultura Luis Carlos Guedes Pinto. O processo de seleção foi criticado pelas entidades do agronegócio, conforme mostrou o Estadão/Broadcast.
Entidades questionam Sebastião Barbosa na presidência da Embrapa
Na ocasião, 40 entidades do agronegócio enviaram uma carta ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi, criticando o processo de seleção. O setor queria opinar na escolha, feita pelo conselho de administração, composto exclusivamente por integrantes do governo.
O protesto, encabeçado pelo Instituto Pensar Agrícola (IPA), era endossado por entidades de grande representatividade como Unica, Aprosoja, Viva Lácteos e Citrus Br, entre outras.
“Parece-nos que o processo seletivo de presidente, sem a prévia definição de sua estratégia e desenvolvimento futuro, traz uma enorme dificuldade”, dizia a carta enviada à Agricultura, assinada pelo presidente do Instituto Pensar Agrícola (IPA), Fabio de Salles. “Esse processo está invertido”, afirmou também, na ocasião, o vice-presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Pedro de Camargo Neto, cuja entidade também foi uma das signatárias da carta. “Antes de escolher o presidente, precisaria saber quais os planos dele para enfrentar os graves problemas da Embrapa.”