O presidente das Lojas Renner, José Galló, comentou que, se o dólar mantiver o patamar elevado frente ao real nos próximos meses, os efeitos na compra de mercadorias poderão começar a ser sentidos pela companhia na aquisição da coleção de moda de inverno, que tem início por volta de novembro.
“A operação neste semestre já está hedgeada. Mas no futuro, podemos ter impactos”, estimou Galló, em entrevista ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, durante evento que reuniu empresários na capital paulista. “Mas se isso acontecer, o dólar será alto para todos os varejistas. Será um cenário para se buscar ser cada vez mais competitivo”, ponderou, salientando que a Renner mantém austeridade permanente no controle de custos.
Questionado sobre sua avaliação sobre o andamento da economia neste semestre, o executivo preferiu não fazer comentários. “Não tenho uma opinião. Está tudo muito incerto neste momento”, sintetizou.
No campo operacional, Galló celebrou o desempenho das novas unidades do grupo destinadas à moda “plus size”. A companhia abriu recentemente duas lojas neste segmento – uma em São Paulo e outra em Porto Alegre – e tem uma terceira inauguração prevista para os próximos dias também na capital paulista.
“Os resultados têm superado nossas expectativas”, comentou. “Temos recebido pedidos de outras cidades para abertura de lojas neste segmento. É uma cadeia de moda com preços competitivos”, afirmou. Ele descartou, entretanto, planos de abertura de lojas “plus size” adicionais no curto prazo. “Ainda estamos em fase de testes e de calibragem desse negócio”.