O papa Francisco aceitou nesta quarta-feira, 12, a renúncia de d. José Ronaldo Ribeiro do cargo de bispo de Formosa, em Goiás. O bispo é investigado por suposta participação em um esquema de desvio de mais de R$ 2 milhões da Igreja Católica. D. José, cinco padres e outras pessoas vinculadas à Cúria da região permaneceram presos por 30 dias, acusados de apropriação indébita, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Eles foram liberados na terceira tentativa de habeas corpus impetrado pela defesa no Tribunal de Justiça de Goiás. D. José e os outros suspeitos se dizem inocentes.
Na segunda-feira passada, ocorreram as primeiras audiências na Justiça sobre o caso, na qual duas testemunhas teriam confirmado as denúncias. A Cúria Diocesana de Formosa divulgou nota informando o acolhimento do papa Francisco do pedido de renúncia da condição de bispo da diocese feito por d. José Ronaldo Ribeiro. O comunicado, assinado pelo arcebispo de Uberaba, d. Paulo Mendes Peixoto, informa que ele próprio foi nomeado administrador apostólico “sede vacante” da Diocese de Formosa, assumindo por força da renúncia do antecessor.
A comunicação dá conta de que a notícia do acolhimento à renúncia e de sua nomeação foi publicada no jornal L’Osservatore Romano, às 12 horas de Roma. “Informo, a tempo, que as atividades pastorais e religiosas da Diocese estão sendo garantidas a todo povo de Deus dessa região, de forma plena, legítima e amorosa”, diz a nota, assinada por d. Paulo.
D. José Ronaldo afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo, em 20 de abril, que pretendia continuar em Formosa após a conclusão do processo, mas admitia rever essa posição. Ele deixou a cidade na terça-feira, 11, e foi para Sobradinho, no Distrito Federal, para ficar com parentes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.