O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-GO), através de decisão do juiz eleitoral José Proto de Oliveira, determinou que o candidato ao Senado Jorge Kajuru (PRP), assim como a rede social Twitter, tirassem de circulação um post contra o ex-governador e também candidato ao Senado Marconi Perillo (PSDB), sob pena de multa.
No post em questão, Kajuru, que atualmente é vereador em Goiânia, disse que “Sem foro, vai pra cadeia mesmo! Só depende de vcs”, bem como “Marconi corre atrás de mandato de senador para evitar prisão”, se referindo ao fato de Marconi ter perdido o foro privilegiado e se tornado réu recentemente por corrupção passiva.
De acordo com o Dr. José Proto, autor da decisão, a mensagem postada por Kajuru é inverídica e extrapola os limites da informação, e se mostra como inverídica.
Proto ainda diz, em sua decisão, que a mensagem veiculada por Kajuru traz insatisfação, “já que candidato ao mesmo cargo do Representado, o que revela, portanto, propósito de influenciar na disputa eleitoral em seu favor”.
José Proto de Oliveira reforça que não há qualquer indício de existência de mandado de prisão expedido contra Marconi Perillo a justificar as alegações feitas por Kajuru.
“Em caso de descumprimento e não remoção do conteúdo no prazo acima assinalado, fixo, desde já, a multa no valor de R$ 5 mil reais dia/descumprimento, providência a ser informada pelo representante”, diz a decisão.
A decisão do TRE foi divulgada na noite da última sexta-feira (7/9) e determinou que Kajuru e o Twitter retirassem o post no prazo de 24 horas, sob pena de multa. Na manhã deste sábado (8/9), a postagem já havia sido apagada.
A reportagem do Dia Online tentou contato por telefone com Kajuru, mas até o fechamento desta matéria não obteve retorno.
Post de Kajuru trouxe à tona a condição de réu de Marconi Perillo
No dia 3 deste mês de setembro, a 8ª Vara Criminal de Goiânia aceitou a denúncia contra o ex-governador do Goiás e candidato ao Senado, Marconi Perillo (PSDB), em mesmo processo que envolve o bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Marconi foi acusado de receber propinas da Construtora Delta por favorecer contratos da empresa com o poder público. No mesmo esquema em questão, foram denunciados o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, o ex-presidente do Conselho de Administração da Delta, Fernando Cavendish e o ex-diretor regional da empresa, Cláudio Abreu.
Na denúncia, que foi apresentada em março de 2017, o governador é acusado de receber, entre 2011 e 2012, o pagamento de vantagens indevidas pelos executivos em troca de garantir o incremento dos contratos mantidos pela Delta com os vários órgãos do Estado.