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Incêndio no Museu Nacional reforça necessidade de digitalizar acervos

Por Estadão Conteúdo
Publicado em 07/09/2018 às 08:05
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O incêndio no Museu Nacional, que aconteceu domingo na Quinta da Boa Vista e destruiu cerca de 90% dos itens guardados, reforçou a importância da digitalização de acervos históricos, afirmam especialistas, tanto para fins de pesquisa quanto de preservação das informações – e até mesmo dos próprios artefatos, em versão virtual.

É o que vêm fazendo pesquisadores do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP) com centenas de crânios, esqueletos e outros artefatos escavados da região de Lagoa Santa (MG), um dos principais sítios arqueológicos do Brasil. As peças são escaneadas em tomógrafos de alta resolução, para produzir réplicas virtuais tridimensionais, que podem ser estudadas online e até materializadas em impressoras 3D. “Hoje fazemos isso de forma sistemática; mesmo que não haja um projeto de pesquisa associado às peças”, diz o arqueólogo André Strauss, professor do Museu de Arqueologia e Etnologia e pesquisador associado do Laboratório de Arqueologia e Antropologia Ambiental e Evolutiva (Laaae) do IB-USP. “A proposta inicial é fazer um backup virtual mesmo.”

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O trabalho começou em 2010 e veio bem a calhar dois anos depois, quando um crânio de Lagoa Santa se quebrou no laboratório e, graças à digitalização, foi possível imprimir uma réplica perfeita. As tomografias são feitas semanalmente na máquina do Hospital Universitário, com resolução de 0,6 milímetro. Peças menores, como dentes e anzóis, são escaneadas no tomógrafo do IB-USP, com resolução de 0,009 mm, que permite reproduzir cada detalhe em altíssima definição.

“A grande vantagem do digital é que o pesquisador não precisa ficar manuseando o material com tanta frequência”, diz o dentista e bioantropólogo Rodrigo Elias, que coordena os trabalhos de digitalização no Laaae. “Para muitas pesquisas, só o digital é suficiente.”

Os pesquisadores enfatizam, porém, que a digitalização não diminui a importância das peças originais, tanto pelo seu valor histórico quanto científico. “Algumas análises só podem ser feitas com o material original”, diz Strauss. Por exemplo: análises de DNA que ele espera – ou esperava – poder realizar um dia no famoso crânio de Luzia, que pode ter sido destruído no incêndio do Rio.

O Museu Nacional guardava milhares de relíquias arqueológicas da pré-história brasileira, incluindo crânios e esqueletos de centenas de indivíduos de Lagoa Santa. Entre eles, Luzia, de 11,5 mil anos, um dos crânios humanos mais antigos das Américas. Ele estava digitalizado; mas o resto da coleção, não.

Procurado, o museu afirmou que vinha fazendo um esforço de digitalização de suas coleções, mas não havia uma estimativa consolidada do quanto já foi digitalizado.

Biodiversidade – Também no prédio destruído pelo incêndio estavam milhões de exemplares de insetos e outros animais, coletados por todo Brasil ao longo dos últimos dois séculos. Coleções como essas são a base de todo o conhecimento sobre a biodiversidade do planeta, usadas para a descrição de espécies e uma variedade de estudos ecológicos e evolutivos. Parte desses acervos nacionais vem sendo digitalizada há anos, por meio de grandes projetos como o speciesLink e o Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr).

O speciesLink, lançado em 2001, acumula mais de 9 milhões de registros digitais, de 480 coleções de fauna e flora. O SiBBr tem quase 10,5 milhões de registros, representando 155 mil espécies. Mas não é possível dizer o quanto isso representa do total de acervos biológicos no Brasil. “A maior parte das coleções está em situação precária. Muitas não têm curador”, diz Carlos Joly, coordenador do Programa Biota Fapesp, que deu origem ao speciesLink. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Tags: digitalizaçãoincêndiomuseu nacional

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