Cada um dos 68 mil alunos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) custava ao Ministério da Educação R$ 71.338 em 2016, o segundo maior valor do País entre as federais, atrás apenas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – R$ 81.162. O dado consta de levantamento feito pelo MEC, que apontou que o custo-aluno havia subido 14,9% na UFRJ na comparação com 2009 (R$ 62.091). Na Unifesp, caiu 32,2% (era de R$ 119.840 em 2009).
Na conta entra o orçamento inteiro destinado pelo MEC à universidade, o que inclui folha de pagamento, manutenção, verba para equipamentos e para investimentos, além de todo o custeio. Este montante é dividido pelo número de alunos. De acordo com a UFRJ – primeira e maior universidade federal do Brasil -, o valor por aluno é alto em decorrência de seus gastos vultosos, que só aumentaram no período do levantamento.
Em 12 anos, de 2002 a 2014, o número de alunos de graduação cresceu 90%, de 25.507 para 47.992, segundo a UFRJ. Na pós-graduação, passou de 9.534 para 12 mil. Hoje são 55 mil e 13 mil, respectivamente.
Ao comentar a fala do reitor da UFRJ, Roberto Leher, sobre cortes em seu orçamento após o incêndio que destruiu o Museu Nacional, que é da UFRJ, o MEC informou que o repasse global previsto para universidades é de cerca de R$ 46,4 bilhões, ante R$ 34,6 bilhões em 2014.
O ministério diz ser crítico da “expansão das universidades federais sem a devida mensuração sobre o impacto futuro”. Excetuando a folha de pagamento, o orçamento da UFRJ caiu 10,6% (de R$ 434 milhões em 2014 para R$ 388 milhões em 2018). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.