O país inteiro ainda chora com a perda cultural e histórica inestimável sofrida com o incêndio do Museu Nacional no último domingo (2/9), no Rio de Janeiro. O museu, que abrigava um acervo com mais de 20 milhões de itens que abrangia áreas como antropologia, arqueologia, etnologia, geologia, paleontologia e zoologia, foi fundado em 1818, pelo rei Dom João VI, e era um importante centro de pesquisa incorporado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O acervo contava com importantes peças históricas, como o fóssil de Luzia, o mais antigo esqueleto das Américas, além de sarcófagos e múmias do Egito Antigo e uma coleção de aves empalhadas com quase 200 anos de idade. O museu recebeu visitas importantes em seu passado, Albert Einstein e Madame Curie.
Algumas peças, como meteoritos e fósseis, têm maior chance de resistir ao fogo. Mas a maioria do acervo deve ter se deteriorado.
Ainda não é possível calcular o nível de perdas provocadas pelas chamas, mas a vice-diretora do museu, Cristiana Serejo, contou que 90% do acervo em exposição se perdeu.