Ainda é possível ver chamas em alguns pontos do Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, Zona Norte do Rio de Janeiro. Bombeiros de 12 quarteis trabalham há mais de 9 horas no combate ao incêndio que começou por volta das 19h30 deste domingo (2/9).
Alguns itens de botânica e documentos foram retirados do local, mas no geral, praticamente todo o acervo de fósseis, registros históricos e obras de arte foi destruído.
De acordo com o diretor do Museu Nacional/UFRJ, ainda não é impossível estimar a perda do acervo, de 20 milhões de itens.
Em nota oficial divulgada na madrugada desta segunda-feira (3/8), ele disse que espera o apoio do governo federal e da sociedade para a recuperação da instituição mais antiga do país.
Ainda de acordo com a nota, o museu aprovou recentemente, junto ao BNDES, um financiamento de R$ 21.7 milhões, que previa a aquisição de novos equipamentos para a prevenção de incêndios.
Apenas quatro vigilantes trabalhavam no local no momento do incêndio, mas eles conseguiram sair a tempo e ninguém ficou ferido.
As causas do fogo serão investigadas.
Combate ao incêndio começou tarde
Os dois hidrantes existem ao redor do museu não funcionaram e o combate às chamas começou tarde. Para resolver o problema a companhia teve de retirar água de um lago próximo.
Apesar do estrago incalculável, o prédio não corre risco de desabar.
Segundo o comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, coronel Roberto Robadey, as paredes externas do prédio são bastante grossas e resistiram ao fogo.
Sobre o Museu Nacional
Com 200 anos completos em junho do ano passado, o Museu Nacional é instituição científica mais antiga do país e uma das mais importes do mundo.
O local integra o Fórum de Ciência e Cultura da Universidade Federal do Rio de Janeiro e é vinculado ao Ministério da Educação.
O acervo tinha mais de mais de 20 milhões de itens como o mais antigo fóssil humano encontrado no Brasil, batizada de “Luzia”, maior coleção clássica da América Latina, maior coleção egípcia da América Latina, coleção indígena, de artes, artefatos greco-romanos, fósseis e documentos.
Há pelo menos três anos o local funcionava com orçamento reduzido.