Um síndico está sendo acusado de ter sumido com aproximadamente R$ 80 mil reais do fundo de caixa de um prédio, em Brasília. A quantia fazia parte das reservas destinadas à quitação de despesas condominiais.
A suspeita do roubo no caixa por parte de John Ferraz surgiu depois que o ex-responsável pelo Edifício Conquista, em Samambaia, Brasília, simplesmente desapareceu. Em entrevista ao jornal Correio Braziliense, José Carlos, o novo síndico do prédio, contou que John deixou apenas R$ 17 reais na conta do condomínio.
No dia 22 de agosto, a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) pegou de surpresa os cerca de 150 moradores do residencial, que tiveram a água cortada pela falta de pagamento desde maio deste ano.
Os moradores alegam ter encontrado indícios dos desvios de John em extratos da conta do edifício: de acordo com eles, cerca de R$ 40 mil foram utilizados em despesas pessoais do ex-síndico, como gasolina e festas.
Reijane Silva, integrante do Conselho Fiscal do condomínio, contou que o ex-síndico tinha o costume de esconder as contas para o fechamento do balancete mensal. Segundo a mulher, o conselho sempre fazia várias reuniões para apresentação das contas, mas John dizia que as empresas não estavam entregando os comprovantes ou que os mesmos já estavam na contabilidade.
Síndico mandou selfies na praia para amigos depois de ter sumido
A falta d’água não é o único problema enfrentado pelos condômino. Os moradores do prédio de 10 andares temem ainda que os elevadores deixem de funcionar devido à dívida de R$ 6 mil reais contraídos com a empresa Orona AMG Elevadores, prestadora do serviço, durante a gestão sindical de John.
Moradores do edifício entraram em contato com a mulher do ex-síndico e, de acordo com eles, ela teria garantido que ele devolverá o dinheiro, mesmo que para isso ele “precise vender o apartamento”.
Por e-mail, o ex-síndico comunicou que sua renúncia ao cargo foi feita em razão da doença de um parente distante, que necessita de cuidados especiais. Entretanto, alguns dias depois, ele entrou em contato com um amigo e enviou selfies em que aparecia curtindo praia no Rio de Janeiro, o que despertou a ira dos condôminos.
A 32º DP (Samambaia) investiga o caso.