Está em tramitação na Câmara Municipal de Goiânia um Projeto de Lei que propõe a extinção de sacolas de plástico nos estabelecimentos comerciais da capital. Os produtos seriam, de acordo com o projeto, substituídos por sacolas de papel e material biodegradável.
Apresentado na última quinta-feira (23/8) pela vereadora Sabrina Garcêz (PTB), o projeto, que já tramita na Câmara, determina a substituição gradativa de sacolas plásticas, normalmente usadas em supermercados, padarias, bares e outros comércios, por sacolas biodegradáveis (manufaturadas com material passível de degradação por microorganismos).
Segundo Sabrina em entrevista ao Dia Online, a proposta principal do projeto é a conscientização da população quanto aos problemas ambientais que são oriundos diretamente da produção desenfreada de detritos. “Nós temos um problema gravíssimo de aterros sanitários em Goiânia. Estamos produzindo mais e mais lixo, e os aterros não são suficientes. Temos que parar de produzir tanto lixo”, explica.
Ainda de acordo com o projeto da vereadora, a substituição, que já existe em alguns municípios goianos, levaria cerca de três anos, mas é inaplicável sem o apoio da indústria. “Essa é uma proposta que tem que ser comprada pelo setor produtivo, que vai gastar menos com o material biodegradável do que com as sacolas de plástico”.
Sacolas de plástico são as vilãs do meio ambiente
Entre 500 bilhões e 1 trilhão de sacolas plásticas são consumidas em todo o mundo anualmente. No Brasil, cerca de 1,5 milhão de sacolinhas são distribuídas por hora.
A decomposição de um material no meio ambiente é muito complexa, e pode demorar muitos anos para ser concluída. O papel, por exemplo, leva pelo menos três meses para se decompor, enquanto as latas de alumínio demoram entre 100 e 500 anos. As sacolas plásticas, muito utilizadas em supermercados e lojas em geral, levam de 100 a 400 anos para se decompor.
Por conta de sua ampla utilização, as sacolas plásticas têm sido alvo de preocupação por parte dos ambientalistas e demais pessoas que se preocupam com a preservação do meio ambiente. Os mercados da cidade de São Paulo, por exemplo, aderiram à utilização das sacolas de plástico feitas com materiais renováveis (que levam, em média, dois anos para se decompor).
O custo para produzir essas sacolas, entretanto, é mais elevado do que as sacolas convencionais. Por isso, o consumidor precisa pagar por elas ou optar por levar sacolas ecológicas e reutilizáveis, feitas de tecido ou plástico mais resistente.