O Centro Cultural Martim Cererê, localizado no Setor Sul, em Goiânia, está temporariamente fechado por conta da pandemia do coronavírus (Covid-19). Atualmente, o espaço passa por vários reparos em parte de sua estrutura. Assim, segundo a Secretaria de Estado de Cultura de Goiás (Secult Goiás), o objetivo é garantir que a unidade tenha as melhores condições e suporte para receber os novos projetos e encontros quando o funcionamento voltar ao normal.
Nesta semana, a equipe do Martim Cererê, em conjunto com o iluminador do Teatro Goiânia, Rosevelt Saavedra, realiza ações de revisão, levantamento e reparo na estrutura de iluminação. Assim, estão sendo vistoriados e reparados os spots de iluminação, bem como as mesas de luz dos teatros Yguá é Pyguá.
Além da iluminação, também serão feitas inspeções e reparos nos equipamentos de som (caixas e mesas) nos próximos dias. Essa parte dos reparos está sendo realizada por servidores do centro cultural.
O Centro Cultural Martim Cererê
O Centro Cultural Martim Cererê foi fundado em outubro de 1988. Desde então, o local recebe atividades artísticas nas áreas de música, dança, vídeo, cinema e teatro.
Quando criado, o secretário da Cultura, o escritor Kleber Adorno, quis aproveitar o local das antigas caixas d’ água da Saneago (a Companhia de Abastecimento de Goiás) como espaço destinado à cultura. O nome é inspirado no título de peça homônima de Cassiano Ricardo.
O arquiteto Gustavo Veiga criou o projeto de um centro cultural que transformava os antigos reservatórios de água em teatros. Além disso, ainda propunha a instalação de outras áreas físicas para eventos culturais diversos. Os teatros Yguá (lugar de guardar água, em xavante), Pyguá (caverna de água) e o teatro de arena Ytakuá (buraco na pedra) abasteciam o Setor Sul. Há informação, nunca confirmada oficialmente, que estes locais teriam sido usados como câmara de tortura durante a Ditadura Militar.