O Ateliê – Pizza, Café, Arte, que fica na rua 29, no Centro de Goiânia, é destes lugares que você torce para encontrar mais pela cidade. Primeiro, o conceito ressalta o que é artesanal já no nome. Segundo, inclui várias atividades em um só espaço. E que belo espaço este casarão, que ganhou uma nova vida a partir de maio.
A casa construída na década de 1940, que abriga o Ateliê, se apresentou ao nosso time em formato de pizzaria. Em uma noite com temperatura amena de maio, encontramos amigos ao acaso. Nos sentamos nas mesas da frente do casarão, sob o sereno e o varal de luzes. Forro de chita, preços honestos e o propósito de exaltar a gastronomia.
As pizzas do Ateliê
Massa mais grossa, boa textura, feitas no forno à lenha. As pizzas do Ateliê têm receitas que surpreendem o paladar. Com poucos ingredientes, permitem apreciar cada item. Elas têm o tamanho de um prato. Para petiscar, vale dividir as pizzas em pequenos pedaços. Em fatias, coma com os talheres ou com as mãos.
Na primeira visita, experimentamos a Tachãna (R$ 25), com muçarela, linguiça suína artesanal, pimenta biquinho e cebola. Nesta ida ao Ateliê, ainda deu de provar a Menina (R$ 20), com muçarela, alho frito, abobrinha e grana padano. A tradicional Peperoni (R$ 20) também entrou na lista. Vinho do dia para acompanhar.
Na segunda vez, uma turma mais robusta. Seis pessoas, cada uma pedindo uma receita. Improvisamos uma espécie de rodízio, roubando fatias uns dos outros, para testar os sabores do Ateliê. Todas as pizzas variam em 20 reais e 30 reais. Na memória, ficou a Doc: molho, muçarela de búfala, grana padano e manjericão. Mas há vários motivos para voltar.
Ir com um grupo grande resultou em algumas dificuldades no atendimento. Um dos pedidos demorou a sair. Também demandou paciência o fechar da conta. Tirou um pouco o brilho da experiência, mas como o Ateliê abriu as portas há pouco tempo, algum desencontro no serviço é normal.
Valorização da comida e custo-benefício
O Ateliê é comandada pelo pizzaiolo Matheus Xavier Calaça e a barista Joselita Martins Pereira. O lugar tem toda a torcida do #teamaproveite para durar. Simplesmente, por ser o tipo de empreendimento que vale o preço. Está muito mais preocupado com a qualidade dos produtos, do que com criar status.
Por aqui, a gente realmente acredita que não é preciso gastar uma fortuna para ter uma boa experiência gastronômica. E levamos muito em consideração o custo-benefício. E, no caso do Ateliê, ele é bem bom!
Sobre o casarão e negócios locais
Uma dica é percorrer o casarão, que já foi sede da Secretaria Municipal de Cultura, enquanto aguarda a refeição ou depois de comer. O Ateliê – Pizza, Café, Arte está cheio de obras de arte nas paredes.
O espaço também já está sendo utilizado para eventos de música, como o projeto Beco da Música. A noite tem muito jazz, blues e rock.
No andar de cima do chamado Sobrado Scartezeni, um indicativo de convergência de produtores locais. Em uma das salas, já está o showroom da marca Isabela Hanashiro, que faz joias em prata. Já contamos um pouco sobre o trabalho da designer aqui!