O Yvy Café e Cozinha Criativa (@yvycafe) entrou na rota do #aproveiteacidade pela curiosidade e conveniência. Era o lugar que preenchia todos os requisitos para um longo almoço entre amigas em uma quinta-feira de outubro, no Setor Bueno, em Goiânia. A proposta, estudada previamente pela rede social, mostrava um cardápio saudável e bem fora da caixa, preço acessível, além de ter cafés e um ambiente convidativo. Naquele primeiro encontro com o Yvy, ele ambientou horas de papo.
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Chegamos com fome para almoçar. Há dois pratos, que mudam diariamente. São anunciados pelo Instagram. Um deles sempre é uma salada. A culinária propõe conexões afetivas. No Yvy Café, alimentação balanceada não significa comida fit. As refeições custam entre 18 reais e 22 reais. Quase sempre fico em dúvida e mesclo as duas receitas acrescentando dois reais ao prato de maior preço.
As criações que saem da cozinha têm a assinatura da gastrônoma Sofia Neves. Dos vários retornos ao Yvy Café – que você encontrará ao percorrer um corredor charmoso com acesso à Avenida T-10, no Setor Bueno -, lidei com sabores surpreendentes criados pela chef. Dentre eles, o vinagrete de goiaba, que dava bossa à salada de folhas, frango grelhado e castanhas.
“A cozinha é uma experiência. É amor que você coloca e que vai renascendo. Eu quis trazer uma cozinha livre, em termos de criação, mas o mais fresca possível. Todos os dias a gente pensa nos ingredientes que a gente tem aqui no café para utilizar ao máximo e para ser fresco e saudável, mas no sentido de comida de verdade”, afirma Sofia, de 28 anos. Ela voltou a Goiânia, depois de 6 anos no Recife, para abrir o próprio negócio ao lado do amigo e sócio, Victor Preto, de 26 anos, que é barista.
Para acompanhar a refeição, esqueça refrigerantes. A não ser que sejam artesanais. Esta parte do cardápio vive cheia de novidades. O que dizer de uma limonada de açafrão e mel (R$ 8)? A opção está no cardápio desde que o Yvy Café abriu as portas, em setembro, e tem uma história que deveria ser obrigatória que Victor a repetisse para cada cliente.
“Essa limonada surgiu quando a Sofia estava fazendo um remédio para gripe”, comentou o barista ao indicar a bebida naquele almoço de quinta-feira. É só dar um gole para conferir que não é só a história que é boa. Atualmente, minha bebida favorita é o suco de coco, com erva cidreira e mel (R$ 9,50). É bem refrescante! Ele acabou de entrar no cardápio, junto com novas opções de lanche, como o sanduíche de pato (R$ 19).
E tudo que se serve naquelas mesas com tampo de madeira e arranjos de florzinhas do campo tem um porquê. Pra quem busca se conectar com os lugares, é um achado. Se tivesse de resumir a sensação que tenho ali, diria: tem sabor de bolo de cenoura (R$ 6, o pedaço) com receita roubada do caderno da avó, quantias desrespeitosas de ganache e um belo café para acompanhar.
Os cafés utilizam grãos especiais e orgânicos. Inúmeras vezes fiquei no expresso (R$ 5), servido em xícara esmaltada e acompanhado por pipocas aromatizadas com coco. Algumas vezes, vem com chocolatinho. Indique sua preferência. Tendo em vista cafeterias com o mesmo padrão, tem valores justos. São 17 opções no cardápio com diferentes extrações. Coado no coador de pano (R$ 8) ou no Hario V60 (R$ 10), a quantidade serve uma pessoa.
“O Yvy oferece em termos de café o clássico e o inovador. Expresso, cappuccino, mocaccino. E ao mesmo tempo estamos inovando com bebidas geladas com café e laranja, café e limão. Sempre buscando algo saudável, sem conservantes, artesanal, algo melhor para a vida das pessoas”, ponderou Victor, que é barista há seis anos.
História
A chef Sofia Neves e o barista Victor Preto são sócios no Yvy Café e Cozinha Criativa. Os dois trabalharam juntos em uma cafeteria da capital há quatro anos, ficaram amigos, buscaram caminhos diferentes. Ela já era formada em Gastronomia pela Universidade Rural de Pernambuco (UFRPE) e tentava atuar na área em Goiânia. Ele foi estudar Biologia Marinha na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS). Se reencontraram para empreender. Abriram o Yvy Café.
“A Sofia me ligou e disse: ‘Victor, você é barista, eu sou gastrônoma. Eu acho que são as duas peças chaves para que a gente tenha um café em Goiânia, que proporcione coisas novas para os goianos.’ Foi quando eu decidi deixar a minha faculdade, as viagens e proporcionar este lugar para vocês”, contou Victor.
O Café, cujo nome significa terra em Guarani, busca construir sua identidade trabalhando com pequenos produtores, fomentando a economia local e muita criatividade, seja na cozinha ou na construção do ambiente, onde há vários detalhes que os sócios criaram.
“Foi tudo muito rápido desde que entrei em contato com ele (Victor), mas as nossas ideias coincidiram bastante. E tem muito carinho dentro do Ivy, porque a gente colocou a mão em tudo. Colocou a mão na decoração, na pintura e se dedicou integralmente a este projeto. A gente vem fazendo isso com muita alegria”, relatou Sofia.