Uma nova decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) confirmou a permanência do urso Robinho em Goiânia. O juiz substituto em 2º grau, Sebastião Fleury, acolheu o argumento da Procuradoria-Geral do Município (PGM). Assim, declarou que “a qualidade de vida do animal vem aumentando no Zoológico de Goiânia” e que não haveria razões “de fato ou de direito que justificassem sua transferência”.
Em 2020, o Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal entrou com uma ação em que pedia a transferência do urso Robinho. Ele deixaria a capital de Goiás e passaria a viver em um santuário no estado de São Paulo. Segundo a o Fórum, o animal sofria maus-tratos no zoológico. Além disso, afirmaram que vivia em desconforto, “por ser naturalmente de clima muito frio, o oposto do clima predominante de onde vive”.
A ação desencadeou adequações no zoológico de Goiânia para abrigar melhor o animal, inauguradas em agosto do ano passado. O novo espaço construído para o urso Robinho tem aproximadamente 680 m², piscina com 10 mil litros de água e ar-condicionado.
Assim, na decisão atual, o magistrado considerou as alegações da PGM, reforçando que “as condições apontadas inicialmente na petição recursal não são mais aquelas, pois foram implantadas modificações no Zoológico para acolher o Urso Robinho, que foi transferido para ambiente climatizado, com mais espaço físico e melhores condições”.
Condições de vida no Zoológico de Goiânia
A PGM, à época da primeira decisão, alegou que o urso Robinho já estava adaptado ao clima de Goiânia, mesmo com a temperatura elevada. Ademais, ressaltou ainda que a mãe de Robinho, Lucy, morreu em outubro de 2019. Ela viveu aproximadamente 43 anos, enquanto a expectativa de vida da espécie em cativeiro não passa dos 30 anos. Ou seja, segundo o município, Lucy era a ursa mais velha da América do Sul, o que comprovaria que o zoo proporciona qualidade de vida ao animais.