São Paulo é cheia de efervescências, de possibilidades. Na nossa última passagem por lá, a meta foi riscar da lista o máximo de lugares turísticos inéditos, deixados de lado em meio à correria de outras visitas. Fomos guiados por anfitriões cheios de boas referências e vivenciamos uma maratona para aproveitar nossa querida Sampa sem muitos clichês. Voltamos cheios de novos favoritos em termos de gastronomia, como o café La Guapa, a hamburgueria Z-Deli e o bar Boca de Ouro, que já mostramos aqui. Ficamos devendo os passeios diurnos. Lá vai o pagamento.
Parque Burle Marx
Grato achado em São Paulo. O Parque Burle Marx é pouco badalado mesmo entre os cidadãos locais. O motorista da Uber que nos buscou no lugar disse ser morador da região, saber da área verde ali, mas nunca chegou a cruzar o portão. “Rapaz, tire um tempo para desfrutar dessa maravilha!” A história do Parque, que foi aberto ao público em 1990 e que atualmente é administrado por uma organização da sociedade civil, é muito curiosa.
O arquiteto-paisagista brasileiro Roberto Burle Marx projetou a área de 4 mil m² na década de 1940,contratado pelo casal dono da propriedade. As 15 palmeiras imperiais, o pergolado, o espelho d’água, os painéis e a área verde com trilhas formariam o quintal da residência de Baby Pignatari e Ira von Furstemberg. Eles se separaram antes de finalizar a construção da casa, assinada por Oscar Niemeyer. Nada mal, não é mesmo?
O jardim encanta pela assinatura do arquiteto. Nada é clichê. Tudo envolve um pouco de arte e talvez mereça um momentinho para contemplação. Prática de corrida e passeios turísticos são as atividades mais comuns que utilizam o espaço. Quando visitamos, em plena segunda-feira, ocorria a gravação de um clipe. Nos finais de semana há encontros de food trucks.
Endereço: Av. Dona Helena Pereira de Moraes, 200 – Parque do Morumbi – Zona Sul – São Paulo;
Funcionamento: Todos os dias das 7h às 19h;
Entrada: Gratuita.
Pinacoteca – Museu do Estado de São Paulo de Arte Contemporânea
A Pinacoteca enfatiza a produção brasileira do século XIX até a contemporaneidade. Prepara-se para se deparar com a história do País traduzida em arte. Há exposições fixas e itinerantes, que tomarão conta de salas e do térreo. Bons exemplares fixados na memória por meio dos livros escolares estarão lá. Várias obras dos modernistas brasileiros, como Anita Malfatti, Tarsila do Amaral e Candido Portinari.
Fundada em 1905, a Pinacoteca é o museu mais antigo de São Paulo e tem cerca de 10 mil obras no acervo. O local recebe em 500 mil visitantes por ano. O ideal é reservar boas horas para passar ali dentro. É comum se deparar com excursões escolares e oficinas ocorrendo em algumas salas.
Nossa experiência envolveu a queda de sistema da bilheteria. Deixaram-nos entrar mesmo assim e o pagamento posterior foi facultativo, uma vez que a falha não é culpa do visitante. Pagamos os bilhetes na saída e esse episódio só acrescentou à visita. Bom senso é bom demais!
Endereço: Praça da Luz, 2, Luz – São Paulo;
Funcionamento: De quarta-feira a segunda-feira, das 10h às 17h30;
Entrada: 6 reais (a inteira) e 3 reais (a meia);
Feira de Antiguidades da Praça Benedito Calixto
No sábado a região se movimenta logo pela manhã. A Praça Benedito Calixto recebe as barraquinhas da Feira de Antiguidades, que começa às 9h e propicia experiências divertidas, ainda que saia de mãos abanando. Brinquedos, moedas, vitrolas, louças e objetos de decoração.
As lojas e galerias ao redor da Praça também abrem as portas e embarcam no movimento propiciado pela feira. Nelas, encontrará roupas, calçados, acessórios e objetos originais para a casa. Terá sempre bastante gente. Uma dica é chegar ao local perto do horário do almoço e dar uma passadinha no Consulado Mineiro. O restaurante tem receitas fartas e é bem disputado. Na fila de espera já dá de petiscar.
Endereço: Praça Benedito Calixto, 240, Jardim Paulista – São Paulo;
Funcionamento: Sábado, das 9h às 19h