A temporada de 2020 do Araguaia, tradicional destino turístico das férias de julho, está cancelada a partir desta quarta-feira (1/7). O objetivo é evitar a expansão da pandemia do coronavírus (Covid-19) em Goiás. Assim, o decreto do governo de Goiás, proíbe a realização dos acampamentos, eventos como shows musicais, festas, caminhadas ecológicas e passeios ciclísticos. Além disso, ficam proibidas corridas e a realização de espetáculos. Segundo o governo, a medida foi tomada partir de consultas a municípios, instituições públicas e entidades representativas da sociedade.
Também estão vedados o uso coletivo de beiras de rios, cachoeiras e praias formadas no Rio Araguaia e seus afluentes. Ademais, a estão proibidas a instalação de estruturas temporárias de restaurantes, bares, banheiros e pontos de apoio. O mesmo vale para qualquer outra estrutura de atendimento a turistas e usuários em praias, beiras de rios e cachoeiras.
Ainda de acordo com o decreto, ficam permitidas as atividades individuais ou unifamiliares, desde que os participantes apresentem atestados médicos de não infecção pelo coronavírus ou atestados de imunização à doença, dos últimos 15 dias, nas barreiras sanitárias que serão montadas nas vias de acesso às cidades inseridas na Bacia do Rio Araguaia.
Os comprovantes poderão ser solicitados a qualquer momento também pelas equipes de fiscalização. O decreto também obriga a utilização de máscaras de proteção e recomenda a desinfecção constante de mãos e superfícies com álcool 70%.
O secretário de Estado da Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, diz que a medida é imprescindível neste momento. “A suspensão da temporada no Rio Araguaia se tornou necessária tendo em vista a preservação da vida e a proteção da saúde dos goianos”, destaca.
Multas para quem estiver no Araguaia podem chegar a R$500 mil
As medidas de contenção da pandemia preveem multas que podem variar de R$ 1 mil a R$ 500 mil para quem montar acampamento e estruturas durante o tempo em que aconteceria a temporada de 2020 do Araguaia.
O cumprimento do decreto será garantido por equipes das prefeituras das cidades cortadas pelo rio, da Polícia Militar Ambiental e do Corpo de Bombeiros. Além disso, da Goiás Turismo e da Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) vão fiscalizar as margens do rio.