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Pagode é reconhecido como potência cultural e ganha olhar diferenciado no Rio2C

Pesquisa reconhece o pagode paulistano dos anos 1990 como um movimento que ajuda a entender as expressões das periferias urbanas. Saiba locais para aproveitar a música na cidade

by Redação
Publicado em 03/06/2025 às 11:40
Pagode é reconhecido como potência cultural e ganha olhar diferenciado no Rio2C

Péricles, Belo e Ferrugem durante participação na Rio2C, no Rio de Janeiro, em maio de 2025 | Foto: Arquivo Pessoal/Elaine Leme

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Por Elaine Leme

 

Por muito tempo, o pagode foi tratado com ceticismo e preconceito por críticos e formadores de opinião. Mas uma pesquisa desenvolvida na Universidade de São Paulo (USP) traz o que as ruas sempre disseram, com uma outra perspectiva que reconhece o pagode paulistano dos anos 1990 como um movimento que ajuda a entender as expressões das periferias urbanas.

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O músico e pesquisador Igor Damião Graciano se debruçou sobre as histórias de compositores, intérpretes e instrumentistas que construíram o som das quebradas de São Paulo com talento e paixão. E ele concluiu que o pagode não foi apenas um desdobramento do samba, mas uma resposta estética e emocional de uma geração preta e periférica que encontrou na música um modo de falar de amor, existência e pertencimento.

Graciano defende que o pagode seja estudado em conservatórios, escolas de música e universidades com o mesmo respeito dado a outros gêneros.

Essa geração de artistas não apenas colocou o gênero nas rádios e palcos do país, mas também ajudou a romper barreiras de classe e gosto musical. O pagode deixou de ser visto como som de gueto para se tornar trilha sonora de encontros diversos, entre bairros e festas. Hoje, vive um novo ciclo e avança em direção ao futuro com ousadia, experimentação e uma base de fãs cada vez mais plural.

Um dos símbolos da retomada do gênero é o festival Tardezinha, idealizado por Thiaguinho e lançado em 2016 como uma roda de samba intimista. O projeto evidencia a consolidação do estilo musical e, somente em 2023, a turnê passou por 25 cidades brasileiras e apresentou shows internacionais, reunindo mais de 800 mil pessoas e acumulando mais de 180 horas de apresentações. 

Em 2025, durante a comemoração dos 10 anos do projeto, o evento lotou o Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro, com 60 mil espectadores e um repertório superior a cinco horas. A Tardezinha demonstra que o gênero encontrou no show ao vivo e na experiência coletiva uma das suas principais formas de expressão, atraindo grandes públicos e consolidando sua posição na música brasileira.

Com o advento do streaming e a ascensão das plataformas digitais, o pagode, que inicialmente enfrentou desafios para se adaptar a essa nova realidade, encontrou uma via de crescimento significativa, consolidando-se como um gênero de grande apelo popular. 

Ainda que o sucesso massivo esteja concentrado em alguns nomes, artistas que conseguiram se adaptar prosperaram e mantêm números expressivos, como Ferrugem, com cerca de 9,2 milhões de ouvintes mensais no Spotify, Péricles, com aproximadamente 6,2 milhões, e Belo, com em torno de 5,4 milhões. Essa força digital se reflete também no interesse mercadológico. 

O Rio2C, maior evento de criatividade e inovação da América Latina, reuniu os três cantores para uma conversa potente sobre criação, mercado, propósito e o futuro da música popular brasileira. A presença do gênero em um evento desse porte evidencia sua relevância cultural e econômica, além de reforçar que o pagode segue vivo, pulsante e capaz de se reinventar sem perder suas raízes.

“Feliz em estar aqui com mais dois grandes representantes da nossa música, da música popular brasileira, a mais popular que possa existir, que vai ao encontro do coração, aos anseios das pessoas, contam as alegrias, as tristezas do povo brasileiro. Eu já expliquei isso algumas vezes, mas é bom a gente relembrar. Não existe diferença entre samba e pagode’, afirma Péricles. 

“O pagode é uma reunião para se cantar samba. O termo pagode passou a se tornar um gênero, quando, a partir dos anos 90, a minha geração, a geração do Belo, virou um produto, uma maneira de se encaixar como produto para ser algo. É o início de um olhar para o que a gente tem ”, explica o cantor.

De acordo com Péricles, os cantores Ferrugem e Belo não são só parceiros de palco, mas empreendedores dos seus negócios. “O crescimento do pagode atual passa também por nomes como Ludmilla, Ivete Sangalo, Léo Santana, Gloria Groove e muitos outros. É tudo parte de uma mesma revolução artística, completa”

Para Ferrugem, ele, Belo e Péricles têm trajetórias semelhantes. Segundo ele, os três vêm de contextos parecidos, o que torna tudo um pouco mais complicado, mas sempre fizeram seu trabalho com dedicação e amor. 

“Eu sempre me mantive preparado, mesmo sem ter uma ponta de esperança de que algo fosse acontecer na minha vida e na minha carreira. Então eu preferi viver a música do que almejar viver de música. Eu nem sabia que isso tudo ia acontecer, que um dia eu estaria aqui, palestrando aqui no Rio2C, falando pra uma galera que tá afim de ouvir a gente”, afirma.

‘Eu sempre coloquei o amor no que eu faço em primeiro lugar. Quando se trata de arte, não tem como fazer de maneira mecânica, engessada. Tem que rolar amor, tem que rolar sentimento. Sempre teve amor. E o dia que não tiver mais amor, o samba, o palco, o público, o dinheiro que a gente ganha, nada disso vai fazer sentido’, diz Ferrugem.

Belo, que começou a carreira nos anos 1990 com o grupo Soweto, reforçou a ideia de que o pagode é, acima de tudo, verdade: “Eu tenho 35 anos de carreira, a idade do Ferrugem. Sou um artista extremamente periférico, filho de pais analfabetos. Minha vida foi sempre muito difícil, mas eu sempre fiz música por amor. Se eu tivesse outra profissão, com certeza nos intervalos, eu faria música.”

Os três concordaram que samba e pagode são uma coisa só, uma festa, uma expressão, um encontro. Como disse Péricles: “Pagode é uma reunião para cantar samba”. E Belo completou: “Somos artistas populares. E vivemos um momento especial. Artistas de outros estilos estão vindo pro nosso movimento. Isso é bonito de ver”, conclui.

 

 

5 lugares para curtir pagode e samba em diferentes regiões de São Paulo

 

Bar Brahma

Pagode é reconhecido como potência cultural e ganha olhar diferenciado no Rio2C
Interior do Bar Brahma, no Centro de São Paulo | Foto: Divulgação/Reprodução Instagram

Localizado na esquina mais tradicional de São Paulo, no cruzamento das avenidas São João e Ipiranga, o Bar Brahma é um destino imperdível para os amantes de música ao vivo. Com uma programação musical diversificada, o bar oferece samba, jazz e MPB, de segunda a domingo.

Horário de Funcionamento: Segunda-feira a Quarta-feira: 11h às 1h | Quinta-feira a Sábado: 11h às 2h | Domingo: 11h às 0h

Endereço: Avenida São João, nº 677 – Centro – São Paulo

 

Vila do Samba

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Vila do Samba, na Casa Verde, em dia de casa cheia | Foto: Divulgação/Reprodução Instagram

Com uma agenda dedicada ao samba paulistano, a casa serve petiscos, churrasco, feijoada e cerveja gelada. O som fica por conta de grandes nomes do samba.

Horário de Funcionamento: Terça-feira: 20h às 2h | Sexta-feira: 21h às 3h | Sábado: 14h às 3h | Domingo: 16h às 23h

Endereço: Rua João Rudge, nº 340 – Casa Verde – São Paulo

 

Eulália

Pagode é reconhecido como potência cultural e ganha olhar diferenciado no Rio2C
Show no Eulália, que fica na Vila Olímpia | Foto: Divulgação/Reprodução Instagram

Este espaço é um refúgio para os amantes do samba tradicional. Com uma curadoria musical cuidadosamente selecionada, o local oferece uma experiência única para quem busca mergulhar no ritmo e na alma do samba.

Horário de Funcionamento: Quinta-feira e Sexta-feira: 18h às 00h | Sábado: 13h às 00h | Domingo: 13h às 21h

Endereço: Rua Cavazzola, nº 64 – Vila Olímpia – São Paulo

 

Boteco da Dona Tati

Pagode é reconhecido como potência cultural e ganha olhar diferenciado no Rio2C
Fachada do Boteco da Dona Tati, na Barra Funda | Foto: Gabriel Alexandre

O Boteco da Dona Tati é um espaço de resistência cultural que celebra o samba em sua essência. Com rodas de samba regulares, o boteco é um ponto de encontro para os amantes do ritmo.

Horário de funcionamento: Quarta-feira a Sexta-feira: 17h às 23h | Sábado: 13h às 23h | Domingo: 13h às 21h

Endereço: Rua Conselheiro Brotero, nº 506 – Barra Funda – São Paulo

 

Ó do Borogodó

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Roda de samba no Ó do Borogodó, no bairro de Pinheiro | Foto: Divulgação/Reprodução Instagram

Pequeno no tamanho, gigante no som. Essa casa intimista é um clássico da cidade para quem busca samba de raiz, rodas vibrantes e clima familiar.

Horário de Funcionamento: Terça-feira e Quarta-feira: 20h às 01h |  Quinta-feira a Sábado: 22h às 03h | Domingo: 20h às 00h30

Endereço: Rua Horácio Lane, 21 – Pinheiros – São Paulo

Tags: onde curtir pagode em são paulopagodepagode em são pauloRio2Csão paulo

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