A revitalização da sede do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás (IHGG), na Praça Cívica, em Goiânia, foi entregue nesta segunda-feira (21/3). O instituto completa 90 anos em 2022 e a sede dele foi construída em 1939. Assim, trata-se de um dos prédios mais antigos da capital. Quando construído, o prédio foi erguido em três lotes doados pelo governo do Estado a 200m do Palácio das Esmeraldas.
A obra foi financiada pela cooperativa Sicoob, que irá ocupar uma das salas do imóvel. Outras duas sediarão exposições permanentes dos acervos de Amália Hermano, Jarbas Jaime e Colemar Natal e Silva. Além disso, em um quarto cômodo haverá exposição itinerante da produção de um dos integrantes do IHGG. Dessa maneira, a primeira será do escritor Bariani Ortêncio. Também funcionará um centro de convivência, denominado Café Brasileiro Leo Lynce.
Durante o evento de entrega da revitalização do IHGG, o governador Ronaldo Caiado, bem como o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, afirmaram ter discutido parcerias para repaginar o Centro da capital.
“Se nós recuperarmos toda essa região central, que é o maior acervo de art déco do Brasil, teremos condições também de preservar a memória”, afirmou o governador. Além disso, Rogério Cruz afirmou que a sanção do novo Plano Diretor “cria condições para promover a recuperação da região, que serve para preservar a história da cidade”.
Mais sobre o IHGG
O projeto original do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás foi assinado, na década de 1930, pelo arquiteto paulista José Amaral Neddermeyer, que se mudou para Goiânia. A construção aconteceu em sete meses. O prédio foi inaugurado em 1939 com as paredes pintadas de rosa, no mesmo tom da tinta utilizada na atual revitalização.
A sede do IHGG também já abrigou outras instituições importantes do Estado. Dessa maneira, há registros, por exemplo, de reuniões da Ordem dos Advogados do Brasil – seccional Goiás (OAB-GO) no local, na primeira metade do século passado. Ademais, de aulas de história e de geografia nos anos que antecederam a criação da UFG, bem como encontros da Associação Goiana de Teatro (AGT) e da Academia Feminina de Letras e Artes (Aflag).
Quando aconteceu o incêndio no Centro Administrativo, em 2000, parte do acervo documental do governo foi acondicionado no Instituto Histórico e Geográfico de Goiás. Até a reforma do Palácio Pedro Ludovico Teixeira, lá também funcionou, por um período, o Gabinete Militar da Governadoria.
O instituto hoje é formado por aproximadamente 125 sócios – entre titulares, sócios eméritos, honorários, beneméritos e correspondentes. Os decanos da instituição são Bariani Ortêncio e Ana Braga. Já integraram o quadro do IHGG os nomes mais importantes da cultura goiana, como Bernardo Élis, Colemar Natal e Silva, Belkiss Spenciére, José Mendonça Teles, Francisco Ludovico de Almeida, Leolídio Caiado e Amália Hermano.