Os produtores dos maiores festivais de música de Goiás se uniram para criar uma associação, a FestMusGO (Festivais de Música de Goiás), que busca profissionalizar ainda mais o segmento. Além disso, para lutar por mais incentivo e condições de trabalho. Segundo eles, os números justificam a união e a luta.
A FestMusGO é um colab associativo de festivais de música realizados no território goiano, dos mais diversos estilos, linguagens, cores e formatos. Cada um apresenta uma estética e conceito distintos, mas todos juntos representam volumes expressivos na geração de empregos e renda, entretenimento, movimentação na economia goiana, hotelaria, gastronomia e contrapartida social.
A Associação surge com representantes de Goiânia e de outros municípios (Porangatu, Formosa, Anápolis, Uruaçu, Pirenópolis, Piracanjuba e Inhumas). São festivais que respiram a música, alguns novos , outros tradicionais com 30 anos de existência.
História dos festivais
Ao longo da história da música, os festivais têm representado dois importantes papeis no cenário cultural do Brasil e do mundo: a conexão direta entre o artista e público, e a troca de saberes e experiência entre artistas locais e nacionais / internacionais.
Desde a década de 1960, o Brasil se conectou com novos desenvolvimentos tecnológicos, renovando a relação de consumo e interação, como, por exemplo, a popularização da televisão, um novo veículo de comunicação que mudaria o comportamento do público com os bens culturais.
Um exemplo disso é percebido pela realização de festivais de música televisionados. Isso não só redimensionou o cenário borbulhante da música brasileira na época, mas abriu portas para uma consolidação de uma nova e definitiva consolidação da cultura jovem.
Em Goiás, os festivais se manifestavam em paralelo ao que acontecia no Brasil de 1966, com o Festival Goiano da Música Popular Brasileira.
No período do regime militar, o traçado dos festivais mantinha a conexão de comportamento jovem com diversos festivais, como os Festival Universitário de Goiás, Comunica-Som, GREMI, dentre outros. Na década de 1980, vários festivais também se consolidaram como o FICO (Festival Interno no Colégio Objetivo) acompanhando o que acontecia no Brasil com o surgimento do Rock in Rio.
Na década seguinte (1990) a MTV foi responsável por reorganizar e repaginar a relação de consumo do público com a música e mudar comportamento, atitude e posicionamento dos festivais.
A indústria da música passou por mudanças e o mercado independente amadureceu. Diversos festivais surgiram naquele período até os anos 2000 e mudaram definitivamente o panorama de Goiás.
Nos últimos 30 anos, Goiás tem experimentado um aumento considerável no número de festivais. A profissionalização e a longevidade desse movimento se deram em diversas vertentes musicais, acompanhando o público e o novo modelo de consumo.
Jazz, Rock, Música Popular, Pop, Hip Hop e Cultura Popular são parte desse conceito, que agrega, ainda gastronomia, cervejas artesanais, artes integradas, tatuagem e outros movimentos ligados à cultura pop.
Juntos, os membros do FestMusGO (Festivais de Música de Goiás) pretendem unir forças em busca de uma melhor organização colaborativa, priorizando as demandas comuns e necessidades do setor dos festivais de música em Goiás, ampliando o alcance e dando sustentabilidade e viabilidade comercial.
Novos membros serão incluídos nesse grupo com a intenção de crescer e manter esse importante segmento com novas possibilidades de crescimento.
Números dos festivais de música em Goiás nos últimos 12 meses
– Público: 200 mil pessoas
– Empregos Gerados: 5 mil diretos e indiretos
– Artistas Nacionais e Locais: 2 mil
– Movimentação Financeira: R$ 20 milhões
Quem compõe o FestMusGO:
– Bananada (Goiânia)
– Vaca Amarela (Goiânia)
– Piri Bier (Pirenópolis e Goiânia)
– Wine Jazz Piri (Pirenópolis)
– Goiânia Noise Festival (Goiânia)
– Goyazes Rock Festival (Porangatu)
– Goyaz Festival – Mostra de Música Instrumental (Goiânia)
– OUVE – Música para Ver e Ouvir (Goiânia)
– Tattoo Rock Fest (Goiânia) – Solidari&Arte (Goiânia)
– Brejo Festival (Piracanjuba)
– Festival Graffurina (Uruaçu)
– Goiás Tattoo Festival (Goiânia)
– Go Art (Goiânia) – Go Mosh (Goiânia)
– Rap-Ground (Goiânia)
– Plant Festival (Goiânia)
– Saga Jazz Festival (Pirenópolis)
– Goiaba Rock Festival (Inhumas)
– Brasileirado (Goiânia)
– Brasileiradinho (Goiânia)
– Tomada Festival (Goiânia)
– Paralelo Sonoro (Anápolis)
– Felamacúmbia (Goiânia)
– Obalalá (Goiânia)
– Pequi Trails Jam (Formosa)
– Conexão Metal (Formosa)
– Vila Boa Rock Festival (Cidade de Goiás)