É frequente em Goiânia e também em outras cidades do Brasil. As pessoas estão escolhendo qual imunizante contra a Covid-19 querem tomar e o termo “sommeliers de vacinas” está cada vez mais popular. Assim, para inibir essa prática, a prefeitura municipal da capital publicou um decreto nesta quinta-feira (15/7). Nele, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) manda para o fim da fila quem não aceitar a receber o imunizante que estiver nos postos de vacinação da capital.
Conforme o documento, aqueles que comparecerem aos locais de vacinação contra a Covid-19 e Goiânia e não se vacinarem, vão para o fim da fila. Dessa maneira, terão que aguardar o cumprimento de todo o calendário do Plano Nacional de Imunização (PNI) e a finalização de todos os grupos etários. Apenas após isso o nome será aceito em nova triagem.
O decret também foi debatido com o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO). Assim, a recusa será documentada por um termo que já está disponível em todos os postos de vacinação de Goiânia. O documento deverá ser assinado pela pessoa ou, se esta se negar, por duas testemunhas no local.
“As pessoas que a partir de hoje recusam a receber o imunizante já estão sendo identificadas e serão inseridas entre as medidas que estão sendo tomadas para impedir essa prática”, afirma a a secretária executiva da SMS, Luana Ribeiro.
Apenas no drive-thru do shopping Passeio das Águas, na última terça-feira (13/7), 346 pessoas recusaram a vacina disponível. A medida foi tomada, nestes casos, em virtude do laboratório fabricante. “Das 2 mil doses que foram disponibilizadas para o ponto de vacinação, 17,3% das pessoas que pegaram a fila e receberam a senha se recusaram a se imunizar por conta do tipo da vacina”, disse.
“Sommeliers de vacinas são ação de irresponsabilidade”
Luana Ribeiro ressalta que a população precisa se atentar para o momento que vive o País. Assim, segundo ela, recusar a dose do imunizante por conta do fabricante, como têm feito os “sommelires de vacinas” em Goiânia, é uma ação de irresponsabilidade. Ela acrescenta que todas as vacinas disponíveis têm eficácia comprovada e certificação dos órgãos sanitários.
“O mais importante é que a cobertura vacinal seja atingida. A pessoa ao recusar a dose disponível tira o direito de outro tomar a vacina nesse momento tão importante”, afirma.
*Matéria atualizada no dia 15 de julho, às 11h13