Se divertir no Parque Mutirama é praticamente uma regra para quem vivenciou parte da infância ou adolescência em Goiânia. Inaugurado em 1969, o local é uma tradicional opção de lazer da cidade. Com entradas a preços populares (16 reais, a inteira e 8 reais, a meia), gasta-se o dia para construir memórias lúdicas, regadas a pipoca, cachorro-quente, churros e algodão doce gigante (gulodices não inclusas no ingresso).
Integrado ao Planetário da Universidade Federal de Goiás (UFG), o Mutirama também ostenta o Parque dos Dinossauros. As esculturas em tamanho real têm caráter educativo. Todavia, serviram para alimentar uma espécie de lenda urbana: um turista que se assustou ao avistar os gigantes ao trafegar pela Marginal Botafogo, uma das principais vias da capital.
Salvo diversão e nostalgia, que são garantidas a cada passo do passeio, é fato que o Parque precisa de reparos. A última revitalização terminou em 2012. Segundo o novo diretor do Mutirama, Wanderley Siqueira – assumiu a partir do início da gestão do prefeito Iris Rezende – os primeiros meses de 2017 foram dedicados exatamente aos consertos.
“Estava com 12 brinquedos parados por falta de manutenção. Agora, estamos só com um, que é a Torre”, afirma o gestor. Ao visitar o Parque, o #aproveiteacidade não notou demasiados problemas. Das 29 atrações do local, cinco não estavam funcionando. Apenas uma com indicativo de necessidade de manutenção. “Não está bom, mas não está ruim”, pondera Wanderley.
O administrador explica que a reforma dos banheiros será a próxima medida implementada. A atualização dos brinquedos está nos planos, mas não há prazo. Wanderley se apega ao que ele caracteriza como “apreço de Iris” pelo Mutirama.
DESVIOS
Em termos financeiros, o diretor do parque Wanderley Siqueira contou ao #aproveiteacidade que a bilheteria dos meses de junho e julho é suficiente para o pleno funcionamento do Mutirama ao longo do ano. A entrevista ocorreu antes das denúncias do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) sobre desvio de dinheiro das entradas do Parque, no final de maio.
A operação Multigrana, que detectou entre outras práticas a impressão e venda de bilhetes falsos e já resultou na prisão de quatro suspeitos, teria começado por causa de denúncia da própria Agência Municipal de Turismo Eventos e Lazer (Agetul) ao MP-GO. Segundo informações divulgadas pelo site G1, a agência comparou o lucro da bilheteria do Mutirama em 2017 com anos anteriores. A discrepância de valores chamou a atenção.
O #aproveiteacidade entrou em contato com a administração do Parque na última segunda-feira (12) para tratar do caso, mas as ligações não foram atendidas.
TELEFÉRICO
O teleférico que liga o Mutirama ao Bosque Botafogo com trajeto sobre a Marginal é a atração mais nova do Parque. A estrutura fazia parte do projeto da última reforma do local e demorou cinco anos para ficar pronta por causa de paralisações devido a supostas irregularidades no processo licitatório. O equipamento custou R$ 7,2 milhões.
A estrutura leva os visitantes a 20m de altura. O trajeto tem 1km e é feito em 12 minutos. O passeio custa 6 reais, a inteira, e 3 reais, a meia-entrada. Atualmente, o Mutirama funciona de quinta-feira a domingo. O gestor do Parque afirmou, porém, que pretende abri-lo diariamente em breve.
Parque Mutirama
Endereço: Avenida do Contorno, S/N, Setor Central, Goiânia – Próximo ao Batalhão do Policiamento de Goiânia;
Funcionamento: Quinta e sexta das 10h às 17h. Sábados e domingos das 09h às 18h. Feriado das 9h às 18h;
Ingressos: 8 reais a meia-entrada e 16 reais, a inteira;
Facebook: https://www.facebook.com/Parque-Mutirama-447074735377580/
Site: http://www4.goiania.go.gov.br/portal/home.asp?s=1&tt=con&cd=5382
Telefone: (62) 3524-2365