O Centro Cultural Martim Cererê é um ponto de encontro da cena alternativa de Goiânia. Assim, recebe shows, festivais, feiras, encontros e diversos eventos durante o ano.
Inaugurado em 1988, nestes mais de 30 anos já passou por momentos difíceis, como quando ficou fechado por mais de um ano, em 2011, para uma obra que deveria durar apenas 90 dias. E, apesar de todas as dificuldades, segue como um local de representatividade para a cultura goianiense.
Localizado no Setor Sul, o Centro Cultural Martim Cererê recebe atividades artísticas nas áreas de música, dança, vídeo, cinema e teatro.
Em 2020, passou boa parte do ano fechado, mas devido à pandemia do coronavírus. Assim, a Secretaria de Cultura de Goiás (Secult) resolveu realizar reparos no local. O objetivo é garantir que a unidade tenha as melhores condições e suporte para receber os novos projetos e encontros quando o funcionamento voltar ao normal. Além da iluminação, serão feitas inspeções e reparos nos equipamentos de som (caixas e mesas).
O espaço do Centro Cultural vem sendo utilizado para os diversos festivais de música alternativa da cidade. Assim, já foi sede do Vaca Amarela, do Goiânia Noise e também do Bananada, um dos principais festivais de rock alternativo do País.
O Centro Cultural Martim Cererê
O Centro Cultural Martim Cererê é composto de três teatros. Assim, há o Yguá (lugar de guardar água, em xavante) que possui poltronas fixas, com capacidade para 190 pessoas, e também o Pyguá (caverna de água), com cadeiras móveis, e capacidade para 300 pessoas. Além disso, há o Ytakuá (buraco na pedra), teatro de arena, que tem espaço para 500 pessoas.
Há ainda o Bar Karuhá (lugar de comer), destinado a apresentações culturais, como lançamentos de livros, declamações de poemas, entre outras atividades.
O projeto foi pensado pelo secretário de Cultura na década de 80, o escritor Kleber Adorno. Ele quis aproveitar o local de antigas caixas d’água da Saneago (a Companhia de Abastecimento de Goiás) no Setor Sul, e torná-las um espaço de cultura.
Assim, o arquiteto e músico Gustavo Veiga criou o projeto de um centro cultural que transformava os antigos reservatórios de água em teatros e ainda propunha a instalação de outras áreas físicas para eventos culturais diversos.
Já o nome foi inspirado no título de peça homônima de Cassiano Ricardo, livro visto como “síntese do Brasil”.
Histórias do local
Apesar de toda importância cultural para Goiânia a partir da década de 80, há informações (não confirmadas) de que a estrutura de onde hoje é o Centro Cultural Martim Cererê serviram, durante a Ditadura Militar, como câmara de tortura.
A história já foi negada por autoridades e confirmada por moradores da região. Além disso, chegou a ser estudada pela Comissão da Comissão Estadual da Memória, Verdade e Justiça (CEMVJ) Deputado José Porfírio de Sousa, criada em Goiás no ano de 2014.
E ainda tem mais história: também há relatos de visitantes e supostos funcionários de que existem fantasmas no Martim Cererê. Porém, até hoje ninguém conseguiu comprovar nada. Ou seja, estamos diante de mais uma lenda urbana de Goiânia.