O Instituto de Educação em Artes Professor Gustav Ritter, localizado no bairro de Campinas, em Goiânia, passará por restauração e ampliação. A ordem de serviço foi assinada na última quinta-feira (16/9) pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc). Assim, a obra prevê a reforma da rede elétrica, troca de telhado, pintura e revestimento de piso. A restauração custará R$199.879,86.
Segundo o gestor do Instituto, Edmar Carneiro, a restauração do prédio é recebida como um presente, porque valoriza o ensino de Artes. Ele lembra ainda que o Instituto Gustav Ritter contempla o projeto de Ensino Médio Inovador com Itinerário em Artes em Goiás, uma iniciativa pioneira no Brasil. “Hoje é um dia muito importante para a arte, a Educação e a cultura de Goiás. Após oito anos, recebemos esse presente do Governo de Goiás”, afirmou o gestor.
A obra de restauro e ampliação vai contribuir para a preservação do prédio. Além disso, os estudantes terão mais conforto em todos os ambientes do espaço. De acordo com a Seduc, o Instituto Gustav Ritter atende, atualmente, 110 alunos a partir de cinco anos. A ideia da instituição é contribuir também para a formação de público e a propagação da cultura. O espaço possui 28 salas de música, dança, teatro, além de Biblioteca, Instrumentoteca e salas administrativas.
História do edifício e do Instituto de Educação em Artes Professor Gustav Ritter
Localizada na Rua Marechal Deodoro da Fonseca, no mais antigo bairro da capital, a construção que abriga o Instituto de Educação em Artes Professor Gustav Ritter começou a ser erguida em 1946. A obra era coordenada pelo padre Oscar Chave. A conclusão só aconteceu em 1950, quando quem estava à frente era o padre Antônio Penteado. O prédio se tornou Patrimônio Histórico e Artístico do Estado de Goiás em 31 de agosto de 1988 e trata-se de um exemplar do estilo arquitetônico art déco tardio.
O local só recebeu o centro cultural em 1988 e a nomenclatura de “instituto” é apenas de 2016. Assim, o Instituto Gustav Ritter é uma unidade de ensino e formação artística em música, dança e teatro. A instituição é gerida pelo Estado. Dessa forma, é considerada importante e com grande relevância histórica para o povo goiano.
Artistas premiados se formaram no Instituto e hoje têm carreira internacional. O aluno Adhonay Soares, por exemplo, foi considerado o maior bailarino jovem do mundo e ganhou o Grand Prix de Nova York e Suíça, em 2013.
E para quem está se perguntando sobre Henning Gustav Ritter, que nomeia o espaço, ele era alemão, professor e um renomado escultor. Teve papel notório para o desenvolvimento das artes plásticas em Goiás. Além disso, foi um dos fundadores da Escola de Belas-Artes, hoje Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás (UFG). Gustav Ritter nasceu em 1904 e faleceu em 1979 (75 anos), se naturalizou brasileiro em 1947 e viveu em Goiânia a partir de 1949.
* Com informações da Seduc