O estado de Goiás recebeu, no domingo (24/1) mais 65,5 mil doses da vacina contra a Covid-19. Além disso, anunciou a chegada de outras 30 mil para esta quarta-feira (27/1). O lote do fim de semana é da AstraZeneca, enquanto o carregamento de vacinas a ser encaminhado para Goiás, ao longo da semana, é da Coronavac. Após conferência da quantidade de imunizantes remetida pelo governo federal, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) repassou as doses para todas as regionais do Estado.
O governador Ronaldo Caiado explicou que o Ministério da Saúde (MS) definiu um grupo prioritário para esta segunda etapa da vacinação contra o coronavírus. Assim, todos os profissionais de saúde que atuam diretamente com pacientes acometidos pela Covid-19 receberão estas vacinas. A lista inclui, na ordem, trabalhadores de hospitais públicos, filantrópicos e privados. Além disso, das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Sistema Integrado de Atendimento ao Trauma e Emergências (Siate). Ademais, Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e consultórios e laboratórios.
“Nesta segunda-feira (25/1), já começamos (a nova rodada) de vacinação no Estado, devido à eficiência e capacidade de articulação entre os servidores da saúde e as nossas prefeituras”, informou Caiado. “É claro que gostaríamos de incluir também os idosos nesta etapa, mas estamos seguindo uma determinação do Ministério da Saúde”, afirmou.
Possíveis mudanças na vacinação em Goiás
Apesar da nova definição do MS não inserir as pessoas da terceira idade, Caiado disse que irá atuar para que, nas próximas distribuições, sejam feitas algumas mudanças: “Nossa proposta é que a adequação seja feita de acordo com a faixa epidemiológica mais atingida de cada região”, pontuou.
Titular da SES, Ismael Alexandrino disse que, com a chegada das vacinas em Goiás da AstraZeneca, cerca de 61% dos trabalhadores de saúde goianos estarão cobertos pela vacina – 34% da primeira etapa, mais os 27% da atual. “Para esta segunda remessa, o governo federal fez um remanejamento para priorizar trabalhadores da saúde em todos os estados”, assinalou.
Alexandrino também explicou a diferença entre as vacinas contra a Covid-19 produzidas na Índia, e a fabricada no Brasil em parceria com a China. “No caso da Coronavac, é necessário esperar de 14 a 28 dias para a aplicação da segunda dose. Esse intervalo, com a AstraZenca, é maior, de três meses; por isso, toda a quantidade que chegou pode ser utilizada imediatamente. Em 12 semanas, a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) já terá produzido o suficiente para a continuação do calendário”, detalhou.
De acordo com o secretário, a vacinação total do grupo prioritário em Goiás, que envolve cerca de 1,8 milhão de pessoas, deve ser concluída no final do primeiro semestre. “Isso vai nos tirar da condição de pandemia”, destacou.