Neste sábado (5/7), o Sertão Negro, em Goiânia, recebe um Ateliê Aberto com as artistas Naomi Shida e Sheyla Ayo, residentes da Luis Maluf Galeria de Arte; e as artistas Ana Paula Sirino, Hortência Eduarda, Rebeca Miguel e Xica, residentes do Sertão Negro. Esse evento celebra a parceria do ateliê-escola com a galeria paulistana.
As artistas terão trocas sobre as experiências vividas durante a Residência Artística 2025 feita em parceria com a Luis Maluf Galeria de Arte e o Sertão Negro, projeto idealizado pela curadora Lorraine Mendes para a 4ª edição do programa que visa a formação de artistas.
Com início às 15h, o evento é gratuito e tem como objetivo possibilitar o público conhecer os processos de criação vividos pelas artistas durante a colaboração que ocorreu entre os meses de janeiro e março deste ano.
O programa contou com a participação de 12 artistas selecionados, que tiveram a oportunidade de desenvolver seus projetos no ateliê da Galeria Luis Maluf. Depois, duas artistas da residência foram convidadas a visitar o Sertão Negro e ampliar suas pesquisas artísticas.
O evento também será transmitido pelo canal do Youtube do Sertão Negro, através do link: https://youtube.com/live/RvJ_OPcwHvs?feature=share.
“Ter experienciado esse processo de pesquisa e produção dentro de um espaço expositivo foi desafiador. Coloquei em prática minha pesquisa feita no Sertão Negro e pude notar as diferenças que tocam o processo artístico próprios da nossa geografia e identidade sertaneja”, afirma Xica, artista visual e professora de gravura do Sertão Negro.
Artistas presentes no Ateliê Aberto
Sheyla Ayo (@ayosheyla11)
A poética de Sheyla Ayo pretende apreender o tempo enquanto inscrição nos corpos e nas superfícies. Através da pintura e diversos materiais como a palha de buriti, a artista fala de construção e apagamento, ancestralidade e transformação.
Xica (@xica.artes)
Xica é professora de gravura no Sertão Negro Ateliê e Escola de Artes e integrante do Batalhão das Gravadeiras. Articula gravura, cerâmica e objetos rituais para investigar a relação entre corpo, território e espiritualidade, materializando saberes que transitam entre o visível e o simbólico.
Rebeca Miguel (@rebecamiguel.art)
Rebeca constrói narrativas que exploram o tempo a partir de uma perspectiva afrodiaspórica, propondo diálogos entre passado, presente e futuro. A linha, elemento central de sua pesquisa, se manifesta em pintura, desenho e performance, criando registros que revisitam e amplificam memórias coletivas.
Hortência Eduarda (@hortenciaeduarda_)
Hortência é artista visual e integrante do coletivo Batalhão das Gravadeiras. Em sua produção, utiliza a gravura como espaço de diálogo entre a sabedoria ancestral e os mistérios de memórias de resistência e existência negra. Sua pesquisa se baseia em povos originários que nunca foram colonizados e referências do Vodu como fonte de direcionamento e resgate de narrativas, tendo a natureza como base de conexão e equilíbrio.
Ana Paula Sirino (@anapaulasirinoo)
De Sabinópolis, região do quilombo do Torra, Ana Paula utiliza a fotografia e a pintura para representar personagens, elementos, paisagens e relações de cenas que despertam familiaridade e nostalgia por uma permanência de memória, de quem vive ou viveu em contexto de aquilombamento, ou afastado dos grandes centros.
Serviço: Ateliê aberto Sertão Negro em parceria com Galeria Luis Maluf
Quando: Sábado (5/7)
Horário: Às 15h
Onde: R. Goiazes, Quadra P, Lote 9 – Condomínio Shangry-La
Entrada: Gratuita