Museu Antropológico da UFG celebra o mês das crianças com brincadeiras e educação patrimonial

O Museu Antropológico da UFG, em Goiânia, celebra o mês das crianças com uma programação que une arte, educação, cultura e sustentabilidade. O destaque é o lançamento do projeto “Museu Brincante: Oficinas lúdicas de educação patrimonial para crianças”, que será realizado no dia 10 de outubro e marca uma nova etapa das ações educativas voltadas ao público infantil.

Idealizado pela coordenadora administrativa Ênya Morais, e financiado pela Fundação de Apoio à Pesquisa (Funape), o projeto tem como objetivo aproximar as crianças do patrimônio cultural brasileiro por meio de experiências sensoriais e criativas. Nesta primeira edição, o Museu receberá estudantes da Escola Municipal Pedro Costa de Medeiros e do CEPI Ary Ribeiro Valadão Filho para um dia de descobertas, brincadeiras e aprendizado.

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A programação do “Museu Brincante” inclui lanche recreativo, visitas mediadas às exposições e oficinas temáticas. Entre as atividades estão a pintura corporal indígena, conduzida pelo artista visual José Xêcajcàr Alecrim; as descobertas arqueológicas no Jardim das Escavações, organizadas pelo Laboratório de Arqueologia (LabArq/MA-UFG); a montagem de quebra-cabeças com imagens do acervo do Museu; e oficinas de pintura de plaquinhas para o jardim e fitinhas de memória, ambas coordenadas por Ênya Morais.

De acordo com a idealizadora, a proposta busca tornar o espaço museal mais acessível e acolhedor para as crianças. “Como o brincar é a linguagem natural da infância, as oficinas lúdicas e a ocupação do espaço museal conectam emoção, memória e aprendizagem ativa”, destaca Ênya. Para marcar o evento, o pátio do Museu ganhará brincadeiras pintadas no chão, incorporando elementos lúdicos de forma permanente ao ambiente de convivência.

Além das oficinas, o Museu mantém ao longo de outubro uma série de atividades culturais e educativas. A exposição “Florescendo no Meio do Mundo”, da artista Haydèe Sampaio, segue aberta até o dia 10 de outubro. A mostra celebra a ancestralidade das mulheres ribeirinhas com cores vibrantes e recursos de acessibilidade, como audiodescrição, textos em braile e mediação especializada, reafirmando o compromisso do Museu com a inclusão e a diversidade.

Outras exposições também permanecem disponíveis ao público, como “Lavras e Louvores”, de longa duração, que apresenta expressões culturais populares de Goiás, e “Edna Luísa de Melo Taveira: memórias de si, dos outros e das coisas”, mostra virtual acessível pelo site museu.ufg.br. As visitas podem ser realizadas de terça a sexta-feira, das 9h às 17h, mediante agendamento para grupos escolares pelo telefone (62) 98408-5561.

Mais da programação

A programação cultural do mês inclui ainda sessões de cinema, teatro e poesia. O projeto Cinema no Museu promove exibições nos dias 18 e 31 de outubro, com os cineclubes Kurosawa e Cuca Maluca, respectivamente.

No campo das artes cênicas, a Companhia de Teatro Senhoras do Cerrado, dirigida por Wadson Gama, realiza ensaios abertos todas as segundas-feiras, de 6 a 27 de outubro, convidando o público a acompanhar o processo criativo das artistas. Já no dia 21 de outubro, às 19 horas, ocorre o Encontro Poético com Chris Resplande, com transmissão ao vivo pelo canal do Museu no YouTube.

Como parte de seu compromisso socioambiental, o Museu Antropológico inaugurou recentemente um ecoponto para descarte de pilhas e baterias, instalado na entrada da instituição. O equipamento foi desenvolvido pelo IPElab/UFG, confeccionado em MDF e acrílico com corte a laser e peças em impressão 3D, combinando design, tecnologia e sustentabilidade. O ecoponto está disponível para uso de toda a comunidade acadêmica e visitantes.

A Biblioteca Seccional Profa. Edna Luísa de Melo Taveira (BSMA) também permanece aberta de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 18h, oferecendo um acervo especializado em Antropologia, Arqueologia, Etnologia, Linguística, Gênero e Sexualidade.

A Revista Hawò, vinculada ao Museu Antropológico da UFG e criada em 2020, publica trabalhos originais e inéditos em Antropologia e áreas afins, promovendo o diálogo interdisciplinar com campos como Arqueologia, Etnolinguística, Museologia, Arte e Cultura Popular, Patrimônio Cultural, Educação e Etno-História. Classificada como B4 no Qualis (2017-2020), a revista se consolida como um espaço de reflexão e troca de saberes comprometido com uma ciência plural, acessível e transformadora. Submeta seu trabalho e participe desse diálogo. Acesse: revistas.ufg.br/hawo

Com essa ampla programação, o Museu Antropológico da UFG reafirma seu papel como espaço de educação, cultura e cidadania, fortalecendo a integração entre a universidade e a comunidade.