Goiânia recebe oficinas gratuitas de danças aquáticas

Os projetos reToque – Festival de Danças de Dançar Águas e Sobre Aguar, da pesquisadora e artista Lu Celestino, se juntam para oferecer duas oficinas gratuitas nesta sexta-feira (7/2) e sábado (8/2) no espaço Físio Aquática, em Goiânia.

Ao todo, são 12 vagas disponíveis para cada oficina respeitando o público-alvo de cada atividade, e as pessoas interessadas devem fazer a inscrição acessando um formulário online.

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O objetivo, segundo os organizadores, é proporcionar uma vivência sobre a potência da dança aquática e suas diversas formas de cura e ludicidade.

As oficinas são estruturadas como um espaço de encontro, experimentação e invenção e fazem parte de uma série de ações da quarta edição do reToque, com financiamento da Lei Paulo Gustavo do Governo Federal e operacionalizado pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Cultura.

Projeto que nasceu em 2017 e segue no calendário cultural goiano, o reToque convida artistas da dança e do movimento a vivenciarem experiências de formação, consciência e partilha.

Neste ano, em sua quarta edição, com a temática Festival de Danças de Dançar Águas, recebeu pessoas de todo o país para uma semana intensa de atividades nas águas termais de Caldas Novas (GO).

Para dar seguimento com ações oferecidas à comunidade, e em parceria com o projeto Sobre Aguar, de pesquisa partilhada em dança aquática, oferece dois laboratórios gratuitos, são eles o Lab Concha Profunda e o Lab Pé D’água.

Na sexta-feira (7/2), das 18 às 21h, o Lab Concha Profunda é voltado a pessoas adultas interessadas em dança, mas com alcance, principalmente, à comunidade surda que se comunica através da Língua Brasileira de Sinais (Libras).

A atividade vai contar com participação do intérprete de libras Túlio Andrade (BSB) e traz a vivência da artista, produtora e idealizadora Lu Celestino (GO), surda unilateral, que desenvolveu a oficina a partir das suas investigações em ampliar a percepção da escuta.

“Este é um convite para despertar o sentido da audição. Como a escuta é parte do cotidiano da maioria das pessoas, muita gente se esqueceu como escutar é precioso e pode chegar e ser sentida por diversas formas. A partir de uma pesquisa interna e dessa sensibilização, vamos para a água, entender um outro tipo de vibração que amplifica os sons”, comenta.

A segunda oficina, o Lab Pé D’água, no sábado (8/2), acontece das 15h às 18h e é uma experiência aquática que convida para o lúdico, para o brincar e o dançar. Exclusivamente para crianças (de 3 a 7 anos) acompanhadas de adultos e vice-versa, esse laboratório busca criar um espaçoso harmonioso de socialização, danças e brincadeiras. O Lab Pé D’água é inspirado em técnicas aquáticas do Janzu, Aquahara e Conceito Halliwick.

Facilitadora e intérprete

As duas oficinas gratuitas em Goiânia serão ministradas pela produtora dos projetos, professora e pesquisadora da dança aquática Lu Celestino (GO).

Lu é surda unilateral, artista na dança e na gestão cultural. Tem suas raízes nas águas do cerrado goiano, onde, nos últimos 20 anos, contribui ativamente com o cenário artístico e cultural. Professora e pesquisadora de movimento, também é terapeuta corporal e discente da pós graduação em Formação Docente em Práticas Somáticas e Dança no IFB.

Atualmente pesquisa a água como matriz poética, terapêutica e pedagógica; e, como suporte para o dançar, meditar e cuidar.

Túlio Cesar Cotrim de Andrade é intérprete de libras (língua brasileira de sinais), voluntário no Instituto Inoseb, onde presta auxílio a comunidade surda em geral. Também é intérprete profissional em eventos, projetos, oficinas entre outras residências artísticas e serviços prestados na tv Câmara.

Para os dois laboratórios, os inscritos dançam em uma piscina coberta, com temperatura de aproximadamente 32ºC. O festival reToque e o Sobre Aguar oferecem 12 vagas gratuitas, numa iniciativa que valoriza a participação de pessoas com marcadores sociais de deficiência, raça e classe social.