Como parte das atividades em celebração ao Dia da Consciência Negra, o Centro Cultural Trabalhista do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-GO), em Goiânia, recebe a exposição “Eu amanuense que escrevi…”. A iniciativa é idealizada pelo Arquivo Público do Estado de São Paulo (Apesp) e conta com apoio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult Goiás).
A solenidade de abertura será nesta quarta-feira (5/11), às 16h, com apresentação musical da banda Kalango Duo, além de uma feira com comidas típicas de origem africana. A mostra permanece aberta para visitação até o dia 5 de dezembro, de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h, com entrada gratuita.
A exposição reúne retratos de 120 africanos libertos pelo jurista, poeta e abolicionista Luiz Gama, durante sua atuação como amanuense (escrivão) no Fórum Criminal de São Paulo, entre 1864 e 1866. As imagens foram geradas por meio de inteligência artificial, baseadas nas descrições físicas registradas por Gama, no “Livro de Registro de Africanos Livres Emancipados”.
As fotos, recriadas no formato 3×4, são acompanhadas de cédulas de identidade fictícias com dados presentes nos registros originais do jurista, como idade e nomes africanos. A mostra também apresenta manuscritos, reproduções de documentos e painéis interativos que contextualizam a trajetória de Luiz Gama e sua atuação jurídica em defesa da liberdade no Brasil.
O objetivo da iniciativa é dar rosto às pessoas invisibilizadas pela história oficial, preservando identidades e memórias por meio da arte contemporânea. Os documentos utilizados na criação da exposição integram o acervo “Presença Negra no Arquivo: Luiz Gama, articulador da liberdade”, coleção do Apesp certificada pela Unesco no programa Memória do Mundo em 2025.
Serviço: Exposição “Eu amanuense que escrevi…” | Goiânia
Abertura: Quarta-feira (5/11), às 16h
Visitação: Até 5/12, das 8h às 16h
Onde: Centro Cultural Trabalhista do TRT-GO
Entrada: Gratuita












