O Campus 2 da Universidade Federal de Goiás (UFG), no Setor Itatiaia, em Goiânia, faz parte do imaginário, da rotina e da história de milhares de pessoas. O Campus teve a pedra fundamental lançada em 4 de maio de 1971 como uma solução de espaço, integração e expansão da UFG, antes dispersa pelo Setor Leste Universitário.
Assim, foi escolhida a área de 130 mil m², na rodovia Goiânia-Nerópolis (GO-080). O espaço, onde foi construído o campus, já abrigava, desde 1964, as escolas de Medicina Veterinária e Agronomia. Para os mentores do projeto de construção do Campus 2, o Setor universitário tinha problemas irremediáveis, com o trânsito.
Segundo reportagem da Revista UFG Afirmativa, estavam à frente da empreitada o reitor da UFG Farnese Dias Maciel Neto (gestão 1969-1972)e Irineu Borges do Nascimento, professor aposentado da Escola de Engenharia da Universidade. O engenheiro visitou campi universitários em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais para desenvolver um modelo eficiente e integrado em Goiás.
Irineu também visitou a universidade de Harvard, nos Estados Unidos, passou por México e pela Nigéria. Por fim, foi a Universidade de Brasília (UNB) quem mais guiou o modelo do campus goiano. Em 1972, era inaugurados os primeiros sete blocos do Samambaia.
Expansão e arte no Campus Samambaia
O Campus 2 da UFG passou por grandes mudanças estruturais na última década, graças ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais Brasileiras (REUNI). Quem ficou um tempo sem frequentar o campus certamente vai se perder em meio a novos edifícios. O lado bom é que fica ainda mais interessante explorar o lugar.
O bloco da Faculdade de Artes Visuais (FAV), por exemplo, é um desses da nova leva. Nela, uma série de intervenções feitas pelos alunos. São várias vertentes da arte urbana, principalmente grafites e lambes. As fotografias por lá ficam bem interessantes.
Um passeio fotográfico, aliás, é uma das dicas para quem pretende visitar o Campus 2. Antes de gravar o vídeo que apresenta o lugar, estivemos lá durante uma saída do coletivo Goiânia em Fotos, que ajuda a fomentar a ideia de registrar a cidade há três anos. E foi demais! Também é um bom espaço para andar de bicicleta e despertar o gosto pelas múltiplas formas de conhecimento.