O Balé Folclórico da Bahia (BFB), internacionalmente reconhecido por sua excelência artística, realiza uma apresentação especial em Goiânia no dia 22 de outubro, no Teatro Rio Vermelho, no Centro. A sessão integra a turnê nacional do espetáculo O Balé Que Você Não Vê, cuja proposta é celebrar os 37 anos de trajetória da companhia.
A companhia que já rodou o mundo acumula elogios da crítica especializada e homenagens de importantes veículos nacionais e internacionais. Os ingressos partem de R$ 75.
A realização desta turnê, a primeira da companhia via lei de incentivo, conta com o patrocínio master do will bank por meio do estímulo da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet e Ministério da Cultura. Montado em 2022, o espetáculo marca o retorno do Balé Folclórico da Bahia aos palcos após o período de paralisação imposto pela pandemia.
A obra reflete os desafios enfrentados por uma companhia profissional de dança para se manter ativa, tanto financeiramente quanto tecnicamente. Walson (Vavá) Botelho, diretor-geral e fundador da companhia, afirma que o espetáculo reflete a resistência de todos os dos integrantes da equipe.
“O Balé Que Você Não Vê reflete a nossa resistência. Ele foi montado e teve sua estreia mundial depois de mais de dois anos sem a companhia se apresentar. Foi um enorme desafio, mas também uma grande celebração”, diz.
Wagner Corrêa de Araújo, crítico de dança, publicou durante a abertura da turnê no Rio de Janeiro, que “desde sua memorável estreia abrindo o Festival de Dança de Joinville, no final dos anos oitenta, o Balé Folclórico da Bahia surpreendeu a crítica e o público por seu original dimensionamento estético imprimido ao legado coreográfico e musical afro-brasileiro.”, diz.
No palco, o grupo de dança afro-baiana apresenta três coreografias concebidas especialmente para esta produção: Bolero, de Carlos Durval; Okan, de Nildinha Fonseca; e 2-3-8, de Slim Mello. O espetáculo também inclui uma obra do repertório clássico da companhia, Afixirê, coreografada por Rosângela Silvestre e reconhecida internacionalmente.
A manutenção da qualidade artística do Balé demanda um esforço contínuo, de acordo com o grupo. Vavá comenta que a realidade da companhia envolve muita preparação e disciplina, um trabalho exaustivo e diário”.
“Poucas companhias de dança privadas sem patrocinador regular conseguem existir por tanto tempo, mantendo um nível de excelência técnica tão elevado e respeito do público e da crítica”. Além da imersão na dança, música, capoeira, canto e teatro, os bailarinos do BFB recebem preparação em dança clássica, moderna e contemporânea, evidenciando a amplitude de sua formação.
Este projeto de circulação nacional foi originalmente concebido para festejar os 30 anos da companhia. “O projeto dessa turnê nacional foi concebido para celebrar os 30 anos do Balé Folclórico da Bahia, mas só agora, sete anos depois, vamos realizar a turnê graças ao patrocínio do will bank, que abraçou nosso projeto e vai levar a companhia para três regiões do país”, diz Vavá Botelho.
A única companhia profissional de dança folclórica brasileira
O Balé coleciona importantes prêmios e reconhecimentos. Recentemente, em 20 de maio, foi homenageado com a Ordem do Mérito Cultural, concedida pela Presidência da República e Ministério da Cultura. Em 2013, a prefeitura de Atlanta (EUA) declarou o dia 1º de novembro como o Dia do Balé Folclórico da Bahia, e no mesmo ano, o grupo teve uma rua nomeada em sua homenagem na cidade de Aného, no Togo.
A crítica de dança do The New York Times, Anna Kisselgoff, uma voz poderosa no cenário mundial, escreveu sobre o espetáculo. “O prazer dos dançarinos, músicos e cantoras em fazer o que eles fazem sobre o palco é obviamente parte da vida deles que contagia todo o teatro”.
A jornalista também declarou em uma de suas críticas para o jornal norte-americano que já assistiu os bailarinos em diferentes países e que eles sempre estão se comunicando com o público. Ela pontua, ainda, que crianças e adultos são tomados de imediato pelos ritmos e encantos da arte representada. Outro ponto de destaque é que em 1994, a Associação Mundial de Críticos reconheceu o BFB como a melhor companhia de dança folclórica do mundo.
Desde 1993, sob a direção artística de José Carlos Arandiba (Zebrinha), o corpo de baile atingiu um notável nível de aprimoramento técnico-interpretativo. A Bahia, com sua efervescência de manifestações populares, é a principal fonte de inspiração para as pesquisas do grupo, que legitima o folclore baiano em suas coreografias.
“O nosso grande objetivo é a educação. Meu princípio é que cada pessoa faz seu caminho. No Balé, há pessoas de todas as faixas etárias e de todas as classes sociais. A partir do momento que alguém entra por nossa porta, deixa fora um monte de estigma”, diz José.
Sobre o Balé Folclórico da Bahia:
O premiado Balé, que completou 37 anos em agosto, já se apresentou em mais de trezentas cidades e trinta países, incluindo Estados Unidos, Itália, Inglaterra, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Nova Zelândia, Austrália, Alemanha, França, Holanda, Suíça, México, Chile, Colômbia, Finlândia, Suécia e África do Sul, Benin, dentre outros. “Seguramente, somos um dos principais embaixadores da cultura popular brasileira e afro-baiana para o mundo”, destaca Vavá.
Com sede no Pelourinho, em Salvador, o BFB é a única companhia de dança folclórica profissional do país. Os integrantes da companhia – dançarinos, músicos e cantores – recebem preparação técnica para dança, música, capoeira, canto e teatro. Para preservar e divulgar as principais manifestações folclóricas da Bahia, o Balé desenvolveu uma linguagem cênica que parte dos aspectos populares e atinge questões contemporâneas.
O Balé também realiza apresentações às segundas, quartas e sextas-feiras, no Teatro Miguel Santana, no Pelourinho, tendo como público, principalmente, turistas estrangeiros e de outros estados do Brasil.
Serviço: Turnê Balé Folclórico da Bahia (BFB) em Goiânia | Espetáculo O Balé Que Você Não Vê
Quando: 22 de outubro
Horário: 20h
Onde: Teatro Rio Vermelho – Rua 4, nº 1.335 – Centro
Ingressos: R$ 75 a R$ 200 | Link
– Plateia Inferior – Setor Vip:
R$ 200 (inteira) / R$ 100 (meia)
Solidário: R$ 140 + 1 kg de alimento
– Plateia Inferior – Setor Especial:
Inteira: R$ 180 (inteira) / R$ 80 (meia)
Solidário: R$ 100 + 1 kg de alimento
– Plateia Superior – Promocional: R$ 75