O Grande Prêmio do Brasil de MotoGP chega a Goiânia nos dias 20 a 22 de março do próximo ano. E o Autódromo Internacional de Goiânia vai passar por homologação da Federação Internacional de Motociclismo (FIM) e da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), ainda este ano, e por um evento teste em janeiro.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, vistoriou as obras do Autódromo neste domingo (19/10), e afirmou que estão à frente do cronograma inicial da reforma para receber a MotoGP Brasil em março de 2026. “Tudo está correndo aqui para oferecer ao povo goiano, ao Brasil e ao mundo a pista mais linda e mais veloz do MotoGP”, afirmou.
“Estamos com 60,2% já realizados”, ressaltou Caiado ao lembrar que a previsão inicial era de, neste momento, estar com 55,01% de execução da parte referente a obras civis. Ele sobrevoou o local para uma visão geral dos trabalhos e teve acesso às atualizações de execução dos serviços comandados pela Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra).
Os trabalhos seguem em duas frentes, com intervenções de obras civis e também específicas para a pista, buscando modernizar as instalações para garantir conforto e segurança para os pilotos e o público.
O evento já tem 50 mil ingressos vendidos. “Os detalhes todos muito bem trabalhados. Vocês estão vendo que está ficando uma coisa maravilhosa, acabamento perfeito. Vamos ter uma MotoGP linda”, disse o governador.
O local recebe novas estruturas e requalificação de áreas como torre de controle, camarotes, boxes e vestiários, além das intervenções na pista, áreas de escape, com instalação de elementos de segurança, como grades de proteção, defensas metálicas, barreiras de pneus e zebras.
Mais velocidade no Autódromo Internacional de Goiânia
A pista do Autódromo Internacional de Goiânia recebe asfalto tipo Gap-Graded, material de alto desempenho para garantir mais velocidade, com excelência de pavimento, nivelamento e escoamento de água.
“Nós estamos fazendo um padrão de pavimentação muito próximo do que a gente vê em todos os países do mundo”, afirmou o arquiteto e urbanista especializado em projeto e manutenção de circuitos automobilísticos, Carlos Wieck, responsável pela execução da obra. O material asfáltico, em razão do calor de Goiânia, também recebe componentes específicos para altas temperaturas.
A reta do circuito teve a largura ampliada de 12 para 15 metros, permitindo velocidades superiores a 376 km/h. O administrador do Autódromo e ex-piloto, Roberto Boettcher, afirmou que hoje as motos e os carros passam a 350km/h. “Vamos ter um autódromo à altura de receber até 400km/h”, afirmou. Outro ponto de melhoria foi a área médica, que recebeu uma estrutura oito vezes maior.