Do final do mês de julho até setembro, Goiânia fica ainda mais bonita, com diversos ipês a florindo e colorindo a cidade. E um ipê amarelo, localizado na Avenida Contorno, perto do Parque Mutirama, poderá ser tombado como patrimônio pela prefeitura da capital. A árvore, que tem aproximadamente 70 anos, é considerada a mais velha e frondosa da capital. Assim, um relatório está sendo preparado pela Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) justificando a proposta que será encaminhada à Câmara Municipal. Porém, a apreciação ficará para o segundo semestre do ano.
Segundo o presidente da Amma, Luan Alves, a iniciativa tem o objetivo de ressaltar o valor histórico desta árvore. Além disso, de ampliar os cuidados com a sua preservação.
“O tombamento de uma árvore é uma ferramenta de reconhecimento da relevância ambiental e sociocultural de exemplares que fazem parte da história da cidade. Ao mesmo tempo, determina a preservação deles, tornando essas árvores imunes ao corte”, explicou.
Goiânia tem mais de 10 mil exemplares de ipês
A bióloga da Amma, Wanessa de Castro, contabiliza cerca de 10 mil exemplares de Ipês distribuídos em Goiânia. A predominância é das espécies amarela e rosa. Ademais, esse número deve ser ampliado nos próximos anos, já que é a espécie preferida nas ações de distribuição de mudas organizadas pela prefeitura. No entanto, ela esclarece que é necessário avaliar a metragem do local escolhido para o plantio. “O ipê amarelo, por exemplo, cresce muito e não pode ser plantado embaixo de fiação ou em calçadas estreitas.”
A árvore pode alcançar entre seis e 14 m de altura, com o tronco tendo de 30 cm a 50 cm de diâmetro. Segundo a bióloga, os Ipês começam a florescer em Goiânia a partir do final de julho, indo até setembro.
Considerado madeira nobre, o ipê fornece material para estrutura de obras em ambientes externos, construções de pontes, vigas, esquadrias, pisos, escadas, móveis, peças, fabricação de instrumentos musicais, de portas e janelas, dentre muitas outras finalidades.
Goiânia já teve outras duas árvores tombadas
A capital, aliás, teve duas árvores em sua história tombadas como patrimônio. Porém, uma das mais representativas já não existe mais: a “Árvore Moreira”, situada na Rua 24, nº580, no Centro. A árvore teria servido de sombra para que, em 1933, o então Governador Pedro Ludovico Teixeira fizesse acampamento para iniciar a construção da capital goiana. E como ela tinha valor histórico, virou patrimônio. Não conseguimos apurar quando ou porque ocorreu a derrubada.
A outra árvore é a gameleira, localizada na Avenida Goiás Norte, no Setor Jardim Ipê. Ela foi tombada em 2015 e, inclusive, desviou o projeto do BRT. Ela segue firme e forte. Além das árvores isoladas, a capital tem áreas verdes que são patrimônios municipais.