A partir desta quinta-feira (29/8), Goiânia recebe o Museu das Favelas, que apresenta a exposição itinerante Favela é Giro. A mostra, que visa levar a arte contemporânea periférica para diversas regiões do Brasil, estará em cartaz no Centro Cultural Octo Marques, unidade da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), até 2 de outubro de 2024, com entrada gratuita.
Com curadoria de Bruna Gregório, foram selecionadas, ao todo, 20 obras que celebram as favelas brasileiras, explorando suas complexidades, belezas e desafios. O conceito central é desmistificar a imagem estereotipada das favelas, apresentando-as como centros pulsantes de cultura, criatividade e resistência.
O nome “Giro” está associado à gíria usada nas periferias do país em expressões como “cortar de giro”, “dar um giro” e “dar um peão” ou um “rolê”, que estão diretamente ligadas a passeio, circulação e movimento.
A exposição apresenta, por meio de obras em sua maioria audiovisuais, os “giros” que ocorrem nas mais diversas formas de território, seja no quilombo, na favela, nas aldeias, sertões ou palafitas.
Para a composição das obras, foram selecionados três pesquisadores de algumas das regiões por onde a exposição passará. O time foi composto pela artista pesquisadora Xica de Goiânia, pela fotógrafa Ana Luzes, de Vitória, e pelo rapper, pesquisador musical, ator e professor Brenalta MC, de São Sebastião.
O Museu das Favelas é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, e a EDP, empresa que atua em todos os segmentos do setor elétrico.
Artistas expositores
A exposição conta com a participação de diversos artistas de diferentes regiões do Brasil. De Goiânia, estão presentes o Batalhão das Gravadeiras, João Ferré, Lucas Bororo, Mayara Varalho e Marcelo Ramalho.
Do Espírito Santo, participam Iaiá Rocha, Viviane Nascimento, Ara Poty Mirī Txapya (Dayanne Guarany), De Santanna (Dimas) e Meuri Ribeiro.
Representando a região de São Sebastião, estão Brenalta MC, Edmarlei, Swell Nobrega, Juvenal Pereira e Jorge Mesquita. De Ferraz, participam Fabrício, Micke Tranbiks, Anubis, além da dupla Silas Nascimento e Lucas Bezerra.
O projeto
Para a diretora do Museu das Favelas, Natália Cunha, a exposição é uma celebração da criatividade e diversidade das favelas.
“Nosso objetivo é mostrar o impacto transformador da arte e da cultura das favelas e apresentando-as como centros pulsantes, criativo e econômico. Estamos muito felizes em levar a segunda itinerância do Museu das Favelas a novos territórios, nos conectando à artistas e suas obras dos mais diversos lugares”, destaca.
Já para Dominic Schmal, diretor de ESG da EDP na América do Sul, o projeto Favela é Giro foi idealizado pensando em ampliar as percepções que as pessoas têm sobre as favelas, unindo artistas locais, tecnologia e conexões humanas.
“Por meio dessa exposição itinerante estamos mapeando e expondo as obras de artistas locais, contribuindo para dar visibilidade à arte periférica e para impulsionar a economia criativa, além de levar arte e cultura para a população que vive na nossa área de atuação”, reforça.
Próximas cidades
A exposição itinerante “Favela é Giro” também passará por Vitória (ES) – (12/11 a 16/12/2024), São Sebastião (SP) – (9/01 a 13/02/2025), Ferraz de Vasconcelos (SP) – (6/3 a 10/4/2025), encerrando a experiência em São Paulo (29/4 a 8/5/2025), na sede do Museu das Favelas. A iniciativa conta com o patrocínio da EDP, líder global no setor de energia.
Serviço: Exposição itinerante “Favela é Giro” – Museu das Favelas | Goiânia
Abertura: Quinta-feira (29/8), às 18h30
Onde: Centro Cultural Octo Marques – Edifício Parthenon Center – Rua 4, nº 515 – Centro
Período em cartaz: De 29/8 a 2/10
Funcionamento: Segunda a domingo, das 9h às 17h (exceto feriados)
Classificação indicativa: Livre
Entrada: Gratuita