Goiânia passou a ter, desde a última segunda-feira (14/3), o título de Capital Nacional da Música Sertaneja. O projeto de lei foi apresentado pelo vereador Willian Veloso (PL) e sancionado pelo prefeito Rogério Cruz (Republicanos).
Segundo o autor, a proposta se justifica pelo fato de Goiânia ter se firmado como “o maior e mais importante centro de produção e divulgação de música sertaneja do Brasil“.
De acordo com o vereador, o projeto que tornou Goiânia Capital Nacional da Música Sertaneja teve apoio popular. Ele argumenta que foram realizadas pesquisas por redes sociais e presencialmente, por meio de abaixo-assinado. “Esse projeto não desmerece nenhum outro gênero musical. Ele atende o desejo da maioria população que gosta de música sertaneja, conforme prova as pesquisas, mas não pretere os outros estilos musicais”, afirmou.
Inclusive, vários dos maiores cantores da música sertaneja nasceram ou iniciaram suas carreiras em Goiânia. Assim, há nomes como Gusttavo Lima, Bruno e Marrone, Zezé Di Camargo e Luciano, e Leonardo. Além disso, Chrystian e Ralf, Guilherme e Santiago, e artistas que já nos deixaram, mas que fizeram grande sucesso, como Marília Mendonça, Cristiano Araújo e Leandro.
A cidade também recebe muito eventos e festivais de música sertaneja, como o VillaMix. Ademais, tem diversos bares e baladas dedicados ao gênero musical.
Título não foi unanimidade
O site da Câmara Municipal de Goiânia mostra, porém, que nem todos concordaram com o título. Dois vereadores foram contra: Marlon Teixeira (Cidadania) e Mauro Rubem (PT). Segundo a matéria da Câmara Municipal, eles foram foram procurados por representantes do setor de cultura da capital, que se manifestaram contra o projeto.
A notícia tem ainda a opinião do diretor do Instituto de Educação em Artes Professor Gustav Ritter, Edmar Carneiro. Ele se mostrou contrário ao título. “Goiânia expressa uma riqueza cultural muito além da música sertaneja. Eu acredito que, quando um projeto limita nossa capital, tão rica na diversidade cultural, e fecha apenas num segmento, fecham-se negócios.”