Nesta terça-feira (14/7), com uma série de protocolos de saúde a serem seguidos, foram retomadas atividades econômicas e não econômicas em Goiânia. Assim, para segmentos como bares, restaurantes e academias, estão autorizados a abrir as portas e reencontrar o público pela primeira vez desde o início da quarentena, que começou há quase quatro meses. Porém, alguns negócios locais permanecem fechados. E sim, por opção.
É o caso de bares, como a tradicional Cervejaria Mangueiras, no Setor Oeste. Por meio das redes sociais, o local informou ao público que aguardava os protocolos oficiais para retomar o funcionamento presencial. As medidas sanitárias e o horário de funcionamento (limitado à 0h) para bares, foram divulgados pela prefeitura de Goiânia, ainda na segunda-feira (13/7). Ainda assim, o Mangueiras exaltou a preocupação com “a saúde e o bem-estar de todos” e afirmou que, por enquanto, o bar segue fechado.
Os proprietários do Matuto Bar, no Setor Leste Universitário, que ao longo da quarentena promoveram ações culturais pela internet, revelaram que o “momento financeiro é terrível”. Todavia, afirmaram, em nota, não se sentirem confortáveis quanto ao risco que funcionários e clientes podem ser expostos com a reabertura. Além disso, lembraram o “momento que Goiânia passa referente à pandemia”.
A decisão divulgada pelo Matuto Bar foi bem recebida por quem acompanha o local pelas redes sociais. Muitos clientes prometeram, nos comentários, respaldar o negócio consumindo os produtos do bar por retirada e pedindo delivery, e também no futuro. Tal posicionamento se repetiu com Shiva Alt Bar, Mandala Cervejaria, Vai Tomar do Kuka Bar e Bar do Piry são bares que seguem fechados.
O que dizem locais que seguem fechados
Além dos bares, outros negócios locais já se posicionaram contrários a retomada de atividades não essenciais em Goiânia. Assim, para quem adotou tal posicionamento, como o espaço de yoga e empório sustentável Mandala do Ser, no Centro, trata-se ainda de agir de forma coerente com os propósitos do negócio. “É com muito pesar que vemos governos que se consideram incapazes de propor alternativas que preservem vidas e a economia ao mesmo tempo”, diz uma postagem no Instagram do local.
A Livraria Palavrear, no Setor Leste Universitário, utilizou dados da Universidade Federal de Goiás (UFG) como justificativa para postergar a reabertura. Projeção feita pela instituição indica que o pico de demandas hospitalares e óbitos no Estado pode ocorrer nesta segunda quinzena de julho, caso o isolamento social seja inferior a 40%. “Por isso, entendemos que não é hora reabrir, em nome da vida e da saúde de nossa equipe e de nossos clientes”, postou a Livraria. Engrossam a lista de estabelecimentos fechados, os restaurantes Era Uma Casa, Armazém Frida, Las Nenas e as pizzarias Artesano e Ateliê, dentre outros.
A última edição do Informe Epidemiológico, divulgado no domingo (12/7), pela Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, mostra que a capital contabiliza 9.777 casos de Covid-19, dos quais 383 haviam sido confirmados nas últimas 24h. A capital já teve 267 mortes registradas, cuja causa foi a doença. Em Goiás, são mais de 36,5 mil casos do novo coronavírus e 851 óbitos.