A Casa Cor Goiás 2018 é uma exposição para divulgar profissionais, tendências e suas aplicações em arquitetura, design e decoração de interiores. Com olhar mais apurado, dá de ir além das peças de alto padrão e buscar inspirações acessíveis, em termos de materiais, preço e execução. Assim, o #teamaproveite fez um apanhado de referências para aplicar o chamado DIY (Do It Yourself ou faça você mesmo).
Em alguns ambientes da Casa Cor Goiás, móveis e decorações de paredes com referência DIY (Do It Yourself) fizeram toda a diferença!
Estante de vergalhão na Loja da Casa Cor
Na Loja da Casa Cor, projetada pelas arquitetas Alessandra Nahas e Patrícia Nahas, por exemplo, foi aplicado o estilo flagship stores. A ideia é aproximar a marca e o cliente, uma tendência atual no mercado.
A estante é a peça chave do ambiente. Toda feita em vergalhão de aço, conhecido como barra de ferro 12, teve fabricação artesanal e se encaixa no contexto DIY. As barras que sustentam os nichos são utilizadas em estruturas para vigas e pilares de concreto.
Pode-se encontrar o vergalhão em lojas de materiais de construção. Os preço varia entre 35 reais e 50 reais. Cada barra tem 12 m de comprimento. A escolha das arquitetas pela produção da estante substituiu a compra. É possível replicar a ideia em casa com auxílio de um serralheiro!
Pranchetas nas paredes da Duju Pâtiserrie
No ambiente Duju Pâtiserrie, o arquiteto Eduardo Medeiros utilizou pranchetas com desenhos nas paredes. Assim, substituiu pinturas ou clássicos elementos decorativos. A ideia era que o visitante da Casa Cor Goiás pudesse colocar nas pranchetas desenhos feitos durante o tempo em que esteve na pâtiserrie.
“A intenção dos desenhos feitos pelos frequentadores parte do princípio de impressionar não apenas visualmente, mas trazer uma surpresa maior na vivência do espaço. Acredita-se que o maior valor que a arquitetura pode ter é quando as pessoas se interessam tanto pelas suas formas quanto pelo seu uso”, contou Eduardo. Parte dos papéis expostos nas pranchetas carregam intervenções de artistas locais.
Para fazer você mesmo, basta fixar uma prancheta na parede e ter a possibilidade de renovar o desenho periodicamente. O impacto visual com tantas pranchetas fixadas é bem interessante.
Desenhos com os fios de luminárias
No Café nas Alturas da Casa Cor Goiás 2018, das arquitetas Ana Maria Miller e Tainá Torres, o conceito da decoração do espaço privilegia o bem-estar dos usuários. A maioria dos elementos decorativos foram feitos sob medida.
A arvore-instalação de barra de ferro bem lúdica e conceitual se destaca. Outro truque para fazer em casa é a trama produzida pelos fios das luminárias, uma solução simples, mas que pode tornar qualquer ambiente mais criativo.
Paredes desenhadas dão nova bossa ao ambiente
No Studio do bebê, das arquitetas Rubya Zottele e Rhayssa Guerra, uma parede foi toda desenhada. Isto trouxe charme e aconchego ao ambiente. Aqui, vale a ideia de utilizar os próprios dons artísticos para fazer uma bela intervenção nas paredes de casa. E se o problema for falta de talento… tem aquele amigo, primo ou parente talentoso para ajudar!
Mais uma solução DIY são quadros com origamis que complementaram a décor. Basta conferir um tutorial de dobradura na internet, emoldurá-lo para criar um elemento de parede original. Por toda a Casa Cor Goiás, desenhos e fotos trouxeram a ideia de que é possível decorar gastando menos.
Entenda o movimento DIY , o Do It Yourself
O movimento DIY (faça você mesmo) reinventa o papel de projetistas, designers e usuários na concepção e produção de mobiliários e elementos decorativos. A eletrônica, produtos de higiene pessoal e o design de interiores são alvo do movimento.
No design de interiores, a ideia central não é dispensar a ajuda de um profissional de design. Mas sim tornar cada vez mais acessível a produção e o acesso ao design. Além disso, por muitas vezes, o DIY agrega o discurso da sustentabilidade e reaproveitamento de materiais.
Uma das teorias do início do movimento DIY remete ao pós-guerra. A necessidade da reconstrução das cidades e a dificuldade de acesso aos materiais e mão de obra especializada fez com que as pessoas reconstruíssem sozinhas suas casas.
Posteriormente, nos anos de 1970, os punk divulgaram o DIY, enquanto produção artística. Discos, álbuns, shows, antes controlados por uma empresa, eram produzidos pela própria banda.
Com as crises econômicas, mudanças sociopolíticas e o aumento da consciência ambiental, o movimento DIY ganhou força. O conceito transpõe a possibilidade de qualquer pessoa construir as coisas do zero. Remete a inventar soluções e à estar atento às possibilidades de inovação. É mais do que uma tendência cool.
Atualmente, o movimento DIY também desdobra-se na vertente Maker. Neste caso, envolve aspectos como os FabLabs, impressoras 3D e ferramentas tecnológicas. Também é inevitável tocar no aspecto colaborativo.
Inspire-se e crie você mesmo
O passo a passo de soluções DIY para leigos é tema de vários livros, principalmente de marcenaria. A maioria dos livros está em inglês, como o clássico For Dummies. A plataforma de conteúdo Pinterest traz centenas de ideias DIY. Para encontrar boas referências é só usar palavras-chaves.
No Netflix, os seriados The Great Interior Design Challenge, Big Dreams, Small Spaces e Love your Garden ajudarão você a se situar no mundo DIY. Como referência nacional, o canal da TV paga GNT oferece opções. Missão Design, que está 1ª temporada, e Mais Cor por Favor vão te fornecer inspirações incríveis!