O Dia D de Vacinação contra influenza e sarampo acontece em todos os municípios goianos neste sábado (30/4). A ação é realizada pelo Governo de Goiás, em parceria com as prefeituras municipais. Assim, a ação acontece em todos os municípios goianos, das 8h às 17h, com o propósito de melhorar os índices de cobertura vacinal das duas doenças.
O titular da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), Sandro Rodrigues, destacou a importância da população atender ao pedido e comparecer aos 965 postos de saúde instalados nos 246 municípios goianos, onde as doses serão aplicadas. Para garantir o sucesso da vacinação, mais de 1,8 mil trabalhadores de saúde estarão envolvidos diretamente.
A vacina contra o sarampo (tríplice viral) deve ser aplicada, de forma indiscriminada, em crianças de 6 meses a menores de 5 anos. Além disso, em trabalhadores da saúde, independente da faixa etária. Sandro Rodrigues afirmou que a vacinação contra o sarampo nesse Dia D de Vacinação é estratégica, por causa da reintrodução do sarampo no país. Dessa maneira, tornou-se um risco o surgimento de surtos da doença, que pode ser grave em alguns casos.
Influenza
A vacina trivalente contra a influenza estará disponível nesse Dia D de Vacinação em Goiás para as pessoas que integram os grupos prioritários. Os grupos são compostos por idosos, gestantes e crianças de 6 meses a 4 anos. Ademais, por mulheres que deram à luz há 45 dias, pessoas com deficiência, professores e trabalhadores da saúde.
Também por profissionais das forças de salvamento e segurança, portadores de doenças crônicas não-transmissíveis, indígenas, caminhoneiros, motoristas e cobradores do transporte coletivo e portuários. Ainda por funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens que cumprem medida socioeducativa e população privada da liberdade.
Sarampo
A superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim, informou que recebeu um documento da Organização das Nações Unidas (ONU) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) alertando sobre o risco iminente de epidemia de sarampo. Ela destacou que os casos aumentaram cerca de 80% no mundo e que em muitos países, inclusive no Brasil, há surtos ativos.
Flúvia atribui a ocorrência dos novos casos de sarampo à diminuição gradativa da cobertura vacinal contra a doença. Ela relata que o Brasil recebeu o Certificado de País Livre do Sarampo em 2016. No entanto, desde 2015, os índices de vacinação têm diminuído. A cobertura vacinal também tem se mostrado baixa na atual Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo, iniciada em 4 de abril. De acordo com Flúvia Amorim, a meta da atual campanha é vacinar 96 mil crianças. Até o momento, apenas 4,6 mil foram vacinadas.
Sandro Rodrigues pontuou que a vacinação é uma das formas mais efetivas para a prevenção das duas doenças. Ele destacou que a vacina impede as complicações, internações e mortes. Além disso, frisou que todas as vacinas disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) à população são estudadas, aplicadas, avaliadas e validadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).