O Parthenon Center é um prédio que causa muita curiosidade, não é mesmo? Afinal, ele é grandioso, polêmico e repleto de histórias alimentadas pelo imaginário e cotidiano da comunidade. Para começar, a construção ocupa um quarteirão inteiro no Centro de Goiânia. Assim, o acesso a ele pode feito pelas ruas 4, 7, 17 e 6. Inaugurado em 1976, a área antes era destinada ao Mercado Central de Goiânia, demolido em 1975. E só em 1986, o mercado ganhou a sede atual, na Rua 3.
Para historiadores, o edifício-garagem demonstra o crescimento da região central da capital, uma vez que tem múltiplas funções, como estacionamento e escritórios. Além disso, desde 1988 abriga o Centro Cultural Octo Marques e sua duas galerias de arte: Frei Confaloni e Sebastião Reis. As exposições por lá são gratuitas. E tem ainda a Escola de Artes Visuais (EAV), gerida pela Secretaria de Estado de Cultura, do governo de Goiás.
Modernismo em Goiânia e o projeto do Parthenon Center
Essa construção icônica com concreto aparente traz luz para os edifícios e projetos modernistas em Goiânia, que é tão exaltada pelo art déco, estilo arquitetônico mais marcante da cidade e típico da época de seu planejamento e construção, na década de 1930. O modernismo ganha espaço a partir de 1950, muito graças à “Escola Carioca”, seja por profissionais que migravam para Goiânia ou por arquitetos que retornavam a Goiás, depois de se formarem no Rio de Janeiro.
Todavia, o Parthenon Center é projetado pelos Arquitetos Associados, formados pela escola mineira: Eduardo Simões Barbosa, Elias Daud Neto, Fernando Carlos Rabelo e Roberto Benedetti. Já na década de 1970, o edifício é um dos símbolos da consolidação do modernismo em Goiás, resultado também da influência de Brasília e, posteriormente, dos profissionais formados em Goiânia, na Escola de Arquitetura da PUC-Goiás.⠀
Quer se aprofundar no assunto? Aqui vai uma dica de leitura! Confira a dissertação “Arquitetos Associados e espaço: Tradição e modernidade nas obras de um quarteto de formação mineira”, de José Renato de Castro e Silva.
E para saber mais sobre as histórias populares e lendas urbanas que permeiam o Parthenon Center, tem um post no nosso Instagram com muita diversão e conhecimento compartilhando. Ou seja, não deixe de ler os comentários.