O Coletivo Justina vai circular no mês de maio pelo Continente Africano, com o o projeto “Dr. Raimundo mundo afora”. O primeiro país a receber o grupo será Guiné-Bissau, na África Ocidental, até o dia 13 de maio. As apresentações começaram no dia 4 de maio.
Haverá ainda apresentações pela América Latina no segundo semestre: em setembro, no Chile, e em novembro, no Equador. Em cada país visitado serão realizadas apresentações teatrais e oficinas de dramaturgias emergentes, mediadas pela dramaturga Takaiúna.
Fundado em 2016, o Coletivo Justina tem como característica a articulação com grupos e instituições de base comunitária, como a Rede Cultura Viva Comunitária do Equador e Chile e os Centros Culturais da África. O projeto tem apoio da Lei Paulo Gustavo.
África
Neste período em África, o grupo ofereceu três dias de oficina ministrada pela atriz e dramaturga Takaiuna (de 4 a 6 de maio, na capital Bissau, no Ur-GENTE – Centro de Artes Cénicas Transdisciplinar), e uma apresentação do espetáculo infantil “Dr. Raimundo” (dia 07/05, em escola de jardim de infância da localidade).
Além disso, fará duas apresentações do espetáculo adulto “1888” (dia 10/5 no Espaço Ur-Gente e dia 13/5 na cidade de Cacheu, no Memorial da Escravatura e do Tráfico Negreiro). O dia 13 de maio alude à Abolição da Escravatura no Brasil.
Segundo Pablo Lopes, gestor cultural do Coletivo Justina, é a primeira vez que um grupo de teatro do estado de Goiás estabelece laços com países do continente africano, visitando e promovendo “esse tipo de intercâmbio entre as estéticas políticas criadas nesses territórios irmãos”.
Sobre esse retorno à raízes históricas também brasileiras, Pablo comenta: “Além das trocas simbólicas, essa circulação também possibilita um reencontro com os laços históricos que conectam essas duas nações por meio dos seus teatros de origem”.
Sobre o Coletivo
Fundado em 2016, com sede em Aparecida de Goiânia (GO) e sendo reconhecido como Ponto de Cultura, o Coletivo Justina tem como característica a articulação com grupos e instituições com atuação de base comunitária, além da prática estético-política da experimentação.
“Principalmente aquela que cabe em vários segmentos artístico-culturais, como o artesanato, teatro, audiovisual, literatura e performances, que são algumas das dinâmicas onde o criar coletivamente se coloca”.
O Coletivo tem suas ações culturais inspiradas na fronteira entre a ancestralidade, o comunitário e a arte, e em rede se articula com grupos e artistas da Argentina, Equador, Bolívia, Brasil e México.
Na Cidade do México realizou, com o Programa Iberscena, a direção e dramaturgia do espetáculo “Que es ser una niña?” a partir da realidade dos jovens locais. No Equador e na Argentina foi selecionado nos editais de mobilidade do IberCulturaViva para participar dos Congressos de Cultura Viva Comunitária.
Em sua trajetória, destaca-se a experiência “Dramaturgias Emergentes” reconhecida pelo Banco de Saberes Ibero-americano como tecnologia social. Com mais de 15 oficinas, cursos de curta e longa duração, palestras e construção de espetáculos, as ações desenvolvidas por meio da metodologia Dramaturgias Emergentes leva em consideração práticas comunitárias para o bem viver.
Trabalhadoras rurais, professoras, alunos e alunas da rede escolar são alguns dos públicos que as ações do Justina impactam.
Serviço: Coletivo Justina se apresenta em Guiné-Bissau na África Ocidental
Datas:
10/5 – Espetáculo teatral “1888”
Local: Cidade de Bissau (Capital de Guiné-Bissau) – Ur-GENTE – Centro de Artes Cénicas Transdisciplinar (https://urgentebissau.com/)
13/5 – Espetáculo teatral “1888” (dia da abolição da escravatura no Brasil)
Local: Cidade de Cacheu/Guiné-Bissau – Memorial da Escravatura e do Tráfico Negreiro
Mais informações: www.instagram.com/coletivojustina