No próximo sábado (2/3) das 12h às 19h, na Sé, Galeria de arte localizada em São Paulo, será realizada a abertura da exposição coletiva Baobá no asfalto, que inclui oficina de gravura, performances, DJ set e sessão especial do Cineclube Maria Grampinho.
A exposição reúne parte da produção de Abraão Veloso, Augusto César, Eve Cruvinel, Genor Sales, lía vallejo, Lucélia Maciel, Jhony Aguiar, Òkun, Nayò, Rafael Vaz, Tor Teixeira, Walmir Elias, William Maia e Xica, artistas assistentes e residentes do Sertão Negro Ateliê e Escola de Artes, espaço sediado em Goiânia e idealizado pelo artista visual Dalton Paula, representado pela Sé desde 2014.
A sessão do Cineclube Maria Grampinho destaca a produção audiovisual de realizadores negros de várias partes do país. Dessa forma, atua em “diálogo com a proposta curatorial da exposição, que a partir da metáfora de plantar um baobá no asfalto evidencia a pluralidade de poéticas artísticas insurgentes”.
Assim, serão exibidos dois curtas da região centro-oeste: “A Piscina de Caíque”, de Raphael Gustavo (GO) e “Amor de Orí”, de Bruna Barros (DF).
Além disso, um episódio da websérie “Cartas de maio”, dirigida pela cineasta Joyce Prado (SP), que estará presente no evento, participando de uma roda de conversa mediada pela pesquisadora Zanza Gomes, também curadora do Cineclube.
Mais sobre Cineclube
Idealizado e coordenado pela pesquisadora Ceiça Ferreira, o Cineclube Maria Grampinho homenageia essa personagem histórica da Cidade de Goiás chamada Maria da Purificação, que ficou conhecida por um poema de Cora Coralina.
“Com muitas saias, uma centena de grampos no cabelo e uma trouxa repleta de botões coloridos, Maria Grampinho carregava sua história e seus sonhos. Nesse exercício de imaginar outras narrativas é que o cineclube busca ser um espaço educativo de exibição e discussão de filmes dirigidos e protagonizados por pessoas negras”.
Em sessões mensais realizadas no Sertão Negro Ateliê e Escola de Artes, o Cineclube Maria Grampinho oferece, de forma gratuita, a exibição de filmes com pipoca e suco, seguida de debates ou rodas de conversa, “visando a formação de público e a democratização da cultura para moradores da região norte de Goiânia”.
Os curtas
“A piscina de Caíque” conta a história de Caíque, um garoto que sonha em ter uma piscina e, juntamente com seu amigo, adora brincar de escorregar no piso molhado da área de casa.
Gravado no Conjunto Vera Cruz, na periferia de Goiânia e realizado em colaboração com os moradores do bairro, esse filme foi uma das produções contempladas pelo edital “Curta Afirmativo 2014: Protagonismo de Cineastas Afro-Brasileiros na Produção Audiovisual Nacional”, recebeu 31 prêmios e teve mais de 130 seleções em mostras e festivais de trinta países.
“Amor de Orí” (Bruna Barros, DF) aborda a história de amor entre Oxum e Iansã, divindades femininas do candomblé para falar do amor entre mulheres pretas e a cosmovisão de matriz africana.
O curta foi produzido na Universidade de Brasília, em um disciplina ministrada pela professora e documentarista Edileuza Penha de Souza, uma das principais referências no campo do Cinema Negro.
“Cartas de Maio” é uma websérie lítero-imagético, dirigida pela cineasta Joyce Prado, que registra a leitura de cartas de Negras e Negros contemporâneos às suas e seus Ancestrais vivas no dia 13 de maio de 1888. Na sessão, será exibido o episódio 4, com a professora Odara Delé.
Joyce Prado
Formada em rádio e TV pela Universidade Belas Artes, em São Paulo, Joyce atua como diretora e produtora de cinema documental, ficcional e filmes publicitários. Após trabalhar em produtoras como a Gullane e a Primo Filmes, fundou a Oxalá Produções, que produz conteúdos focados em cultura afro-brasileira.
Serviço: Exposição Coletiva Baobá no asfalto – Sessão especial Cineclube Maria Grampinho – Sé Galeria | São Paulo
Abertura: Sábado (2/3)
Horário: Das 12h às 19h
Onde: Alameda Lorena, nº 1.257, casa 2 – Vila Modernista Flávio de Carvalho – Jardim Paulista – São Paulo
Atividades:
14h – Oficina de gravura, com Augusto César e Xica
16h – Sessão Especial do Cineclube Maria Grampinho, seguida de conversa com a cineasta Joyce Prado (SP). Mediação: Zanza Gomes
17h30 – Performance Um ato em três poemas, de Rafael Vaz
18h – DJ set com Genor Sales
E ao longo de toda a tarde, performance Natureza cyborg, de lía vallejo
Visitação: Até 16 de março de 2024 (Terça a sexta, das 12h às 19h | Sábado, das 12h às 17h)