As tradicionais Cavalhadas de Pirenópolis voltarão a ocorrer no Cavalhódromo da cidade, em 2023, nos dias 28, 29 e 30 de maio. O local estava interditado desde setembro de 2021, devido a problemas em pontos como arquibancadas, rampas e escadas. Assim, para que o evento seja realizado no habitual campo de batalhas, uma série de adequações, como a remoção de escadas e rampas de acesso que estão com as estruturas comprometidas, serão realizadas pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult Goiás).
“As arquibancadas também serão isoladas e o espaço terá ajustes para receber os camarotes provisórios que serão instalados no local”, adiantou a secretária interina de Estado da Cultura, Yara Nunes. Além disso, após o evento, a Secult goiás promoverá uma reforma total no Cavalhódromo.
Ronaldo Félix, secretário de cultura de Pirenópolis, celebra a volta das Cavalhadas, em 2023, para o local. “A Festa do Divino possui uma integração entre todas as suas partes. As alvoradas, as procissões, o cortejo do imperador, as novenas; tudo isso acontece em locais muito próximos uns dos outros. Então, com o retorno para o Cavalhódromo, as Cavalhadas voltam a integrar esse circuito tão importante, que é a característica da Festa do Divino”, disse.
História
As Cavalhadas de Pirenópolis são celebrações que fazem parte da Festa do Divino Espírito Santo. Dessa maneira, foram inspiradas nas tradições de Portugal e da Espanha na Idade Média. Assim, ocorrem há mais de 200 anos em Goiás, como uma demonstração de religiosidade e cultura, além de serem também um incentivo ao turismo e à economia local.
O cenário consiste em uma representação das batalhas entre cristãos e mouros que ocorreram durante a ocupação moura na Península Ibérica (século IX a século XV). Desse modo, são dois exércitos com 12 cavaleiros cada, que durante três dias se apresentam. Eles encenam a luta ricamente ornada e com belíssimas coreografias. Junto a essa manifestação, há a presença dos mascarados, personagens incontáveis que se vestem com máscaras e saem às ruas, a cavalo ou a pé, fazendo algazarras.