O Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás (CAU/GO) lançou, na segunda-feira (16/8), o Concurso Nacional de Projeto para Habitação Quilombola. Assim, o objetivo é selecionar a melhor proposta para a construção de moradias nas comunidades remanescentes de quilombos localizados em Goiás. O projeto faz parte dos programas habitacionais da Agência Goiana de Habitação (Agehab), parceira na realização do concurso.
A seleção foi pensada como uma homenagem ao Dia do Patrimônio Cultural, comemorado no dia 17 de agosto. Em Goiás, inclusive, está localizado o maior território quilombola do país, o do povo Kalunga, na região Nordeste do Estado. Dessa maneira, os povoados, que existem há 300 anos, se distribuem entre três municípios: Cavalcante, Monte Alegre de Goiás e Teresina de Goiás. Todos são vizinhos da Chapada dos Veadeiros.
As comunidades quilombolas, e suas formas de expressão, modos de criar, fazer e viver, são considerados patrimônio cultural brasileiro.
Os projetos deverão ser enviados até o dia 30 de setembro. O acesso aos editais podem ser feitos AQUI.
Premiação
O Concurso Nacional de Projeto para Habitação Quilombola do CAU/GO tem o objetivo de selecionar propostas que apresentem opções viáveis para a produção de habitação social, com soluções inovadoras e apropriadas à realidade social dos grupos quilombolas.
A premiação será de R$ 12 mil para o primeiro colocado. Ademais, R$ 6 mil para o segundo e R$ 3 mil para o terceiro. Assim, quem apresentar a proposta com nota mais alta deverá ser contratado para a elaboração do projeto executivo. O valor total será de R$ 15 mil.
“Os concursos públicos são ferramentas importantes para se avançar em Arquitetura e Urbanismo, em benefício de toda a sociedade”, afirma a arquiteta e urbanista Maria Ester de Souza, coordenadora do concurso.
Características
Segundo o edital do concurso da CAU/GO, a habitação para o Concurso Nacional de Projeto para Habitação Quilombola deverá ter, no máximo, 70 m² de área construída. Além disso, o pé direito útil mínimo de 2,5 metros.
As casas deverão ficar na área rural de municípios goianos e seu valor limite de construção é de R$ 100 mil. Ademais, os projetos deverão contemplar a falta de abastecimento de redes de água e esgoto no local. Dessa maneira, devem ser previstas instalações como poço e fossa séptica.
Devem ser pensadas ainda soluções como conforto ambiental e o uso de tecnologias que ofereçam eficiência energética e uso dos recursos hídricos. O objetivo é garantir bom aproveitamento da iluminação e ventilação naturais.