Típico exemplar da arquitetura tradicional goiana, o prédio do 6º Batalhão de Polícia Militar (BPM) na cidade de Goiás passa por obras de restauração. As intervenções são promovidas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e correspondem a um investimento de R$ 5,7 milhões.
Motivada por problemas estruturais e condições precárias de uso, a obra foi iniciada ainda em outubro de 2019. Assim, está sendo conduzida para recuperar as características originais que compõem o complexo, que é dividido em quatro grandes blocos. E, segundo o Iphan, estão sendo executados todo o reforço estrutural das demais edificações. Os anexos construídos posteriormente e que se encontravam subutilizados foram demolidos.
Mais sobre a restauração do batalhão pelo Iphan
A restauração feita pelo Iphan está na fase de conclusão da cobertura do último bloco. Além disso, de finalização das instalações das esquadrias, que foram totalmente recuperadas. Nesta etapa, tijolos de adobe para reconstituição de paredes danificadas também estão sendo confeccionados. Este tipo de tijolo é um antecedente histórico do tijolo de barro. Assim, seu uso na obra é importante para o resgate e manutenção das técnicas construtivas tradicionais valorizadas pelo Iphan.
Para os próximos meses estão previstas a execução das instalações elétricas, hidráulicas, de segurança e proteção das edificações e outros acabamentos do Batalhão da PM, em Goiás.
Depois do restaurado, o imóvel receberá o Centro de Memória e Documentação Histórica da Polícia Militar, as unidades do 6º BPM, do 4º Comando Regional e a Banda da Polícia Militar. Ademais, um consultório odontológico e alojamentos.
Localização estratégica
O prédio do 6º Batalhão da PM sediou, até 1936, o 1º Quartel da Força Policial de Goyaz, na cidade de Goiás. Dessa maneira, além de sua importância histórica e arquitetônica, destaca-se como marco da arquitetura militar (destinada a edificações de estruturas defensivas) do século XIX.
Sua localização é estratégica na composição do conjunto arquitetônico, paisagístico e urbanístico do centro histórico de Goiás, tombado pelo Iphan em 1978. Ele está situado em uma rua que é um dos principais eixos de acesso à cidade, que é reconhecida como Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).