Está chegando o Dia das Bruxas. E inspirados pelo clima do Halloween, celebração de que acontece no próximo sábado, e tem origem e tradição em países de língua inglesa, e ganha força no Brasil, resolvemos listar 4 lugares misteriosos em Goiânia. Assim, selecionamos espaços da cidade com histórias curiosas e assustadoras.
Obviamente, a construção destas narrativas mistura fatos, boatos, e um pouco de exagero típico da formação das chamadas lendas urbanas. Portanto, isso ficará claro nas histórias a seguir, que terão todos estes ingredientes. Assim, caberá a você leitor, filtrar o que é real ou fomentar estes relatos fantásticos com mais um ponto, quando passar a história para frente.
O papel mais importante deste material é, na verdade, mostrar as diversas maneiras como podemos nos conectar com os espaços. E por que não com uma narrativa fantástica?
Confira os lugares misteriosos com ótimas histórias em Goiânia
Teatro Goiânia
As histórias do túnel do Teatro Goiânia já foi tema de uma das reportagens mais icônicas do jornalismo goiano. Se você nunca assistiu, precisa ver! Teoricamente, o túnel conectava o Palácio das Esmeraldas ao Teatro Goiânia e seria rota de fuga para as autoridades do Estado.
Realmente existem porões no teatro e essas estruturas só foram descobertas em 1975, com a reforma do teatro, uma vez que eram secretas. Assim, os espaços no subsolo foram pensados para servir de abrigo para eventuais ataques aéreos na Segunda Guerra Mundial, que ocorreu entre 1939 e 1945. O Teatro Goiânia foi inaugurado em 1942. Todavia, o túnel em si teria sido bloqueado.
Além disso, é comum relato de visitantes e artistas de barulhos estranhos que viriam do subsolo. Mas fato é que o acesso aos porões é bem restrito. Ou seja, não há muita chance de conferir o que há por lá.
Saiba mais sobre a história do Teatro Goiânia aqui!
Centro Cultural Martim Cererê
O Centro Cultural Martim Cererê entrou para a lista de lugares misteriosos de Goiânia por cultivar relatos de arrepiar. As histórias são contadas por frequentadores que já vararam as madrugadas em shows de rock e festivais, bem como organizando eventos. Barulhos inexplicáveis com teatros vazios. Sensações estranhas ao entrar no ambiente ou ao ficar sozinho no espaço.
Fundado em outubro de 1988, o local recebe atividades artísticas e culturais. A estrutura do Martim Cererê é muito particular, uma vez que foram aproveitadas as antigas caixas d’ água da Saneago (a Companhia de Abastecimento de Goiás). Assim, o arquiteto Gustavo Veiga criou o projeto de um centro cultural que transformava os antigos reservatórios de água em teatros. Os teatros Yguá (lugar de guardar água, em xavante), Pyguá (caverna de água) e o teatro de arena Ytakuá (buraco na pedra) abasteciam o Setor Sul.
Nunca confirmado oficialmente, mas é popularmente cotado que as caixas d’água teriam sido usados como câmara de tortura durante a Ditadura Militar.
Cemitério Santana
Sabe cemitérios que viraram pontos turísticos, seja por sua grandiosidade, arquitetura ou personalidades enterradas ali? Em Goiânia este lugar seria o Cemitério Santana. Ele também seria o lugar central de uma celebração de Halloween. Porém, a relação do brasileiro com cemitério é muito mais relacionada a ritos religiosos do que com o fator cultural, ainda que o lugar remeta tanto a nossa história.
Construído em 1939, é o primeiro cemitério da capital, que recebeu inclusive os restos mortais de pessoas antes enterradas em outros cemitérios de Campinas (cidade que se tornou bairro). Assim, são mais de 50 mil pessoas enterradas em seu espaço.
Tem túmulos variados, com exemplares em Art Déco, desenhos em pedras típicos em Goiás. Além disso, esculturas religiosas, que enfeitam e homenageiam. Dentre as personalidades sepultadas ali, estão Pedro Ludovico Teixeira, pioneiro da nova capital, e Dona Gercina Borges, sua companheira.
Colégio Santa Clara
Com duas estudantes do Colégio Santa Clara, em Campinas, no time Aproveite a cidade, nos sentimos bem confortáveis ao elaborar sobre as lendas do local. Afinal, Carla Falcão e eu (Paula Falcão) frequentamos a escola, do Jardim ao Ensino Médio. Ou seja, temos conhecimento de causa, acumulados após corridas desesperadas pelo corredor depois de gritos porque a imagem do santo piscava e mexia a mão!
Uma construção de 98 anos, mais antiga que a própria capital, com um convento e escola fundados por quatro freiras missionárias alemãs, depois de uma longa viagem pelo interior do Brasil. Trata-se de um prato cheio para a imaginação das crianças, muitas delas filhas de ex-alunos que também tiveram sua formação escolar ali.
Assim, quem não bisbilhotou embaixo do palco em busca do famoso túnel, que vejam só, começava no primeiro andar. A construção logo torna-se subterrânea, supostamente ligando o Colégio Santa Clara ao Instituto de Educação em Artes Gustav Ritter.