A Feira de Arte de Goiás (Fargo) começa nesta quarta-feira (24/10), data do aniversário de 85 anos de Goiânia. Nesta 2ª edição, o evento tem programação e espaço ampliados. Ocupa toda a Vila Cultural Cora Coralina, entre a Rua 3 e a Av. Tocantins, no Centro da capital, até o próximo domingo (28/10).
São 30 estandes, que reúnem profissionais, artistas e expositores que fazem parte da cadeia produtiva das artes. Além disso, traz fábricas e lojas de molduras e insumos artísticos, livrarias e editoras com publicações no campo das artes. Há espaço para fotógrafos, jornalistas, leiloeiros, galeristas.
A Feira abriga ainda colecionadores especializados e qualquer um – profissional ou estudante – que tenha interesse na produção artística e nos seus produtos. A ideia é realmente ampliar o contato com o segmento, em suas múltiplas vertentes. Portanto, o acesso é gratuito.
Durante a Fargo haverá som ambiente com DJs convidados e área de convivência com alimentação, café, bebidas em geral, comidinhas, guloseimas e doces. Durante todos os fins de tarde haverá pocket shows de chorinho, jazz, blues e MPB.
Um dos curadores da Fargo, Sandro Tôrres, diretor da Arte Plena Produções Culturais, afirmou que a Feira passou a ter cinco dias, a pedido dos próprios expositores. Também são responsáveis pela curadoria, Gilmar Camilo, curador do Museu de Arte Contemporânea de Goiás (MAC-GO) e Ester Krivkin, divulgadora nacional.
Desafio é transcender o público de arte
Desta vez, a Fargo contará com galerias de Goiás, Bahia, Brasília e São Paulo. A ideia, segundo Sandro Tôrres, é mostrar que o mercado de arte acontece também em Goiânia. Há, por exemplo, poucas galerias. “Não é por que não temos galerias, que não temos um mercado forte de arte aqui em Goiás”, salientou o curador.
Mesmo assim, Sandro ressaltou que o público de artes visuais em Goiás é muito restrito. Ou seja, segundo ele, o desafio é transcender esse público, trazendo novas pessoas para estes eventos. “Por que não tratar a arte também como negócio?”, questionou.
Feiras como SP Arte e ArtRio foram espaços para prospectar expositores para a Fargo. “É preciso que seja promovido um networking entre os próprios produtores, e, portanto, paralelamente à feira, fazemos o seminário que é feito também para formar um público”, afirmou.
Perguntado sobre como seria esta formação popular, o curador e coordenador da Feira de Arte de Goiás disse que o público tem de ser formado da maneira cidadã.
Fomentar a cultura
A Fargo, de acordo com a organização, pretende fortalecer as relações produtivas e comerciais do segmento das artes visuais. Também há movimentação da academia, uma vez que são oferecidos cursos em áreas relacionadas – artes visuais, design e arquitetura – e emitidos certificados de participação para os alunos.
Em 2017, o evento recebeu público estimado em dez mil pessoas. A Fargo tem aporte do Fundo de Arte e Cultura de Goiás (FAC-GO) e é beneficiada pela Lei Goyazes de Incentivo à Cultura.
Seminário Nacional O Campo das Artes
Paralelamente à Feira, no auditório da Vila Cultural Cora Coralina, acontecerá a 3ª edição do Seminário Nacional O Campo das Artes – Bastidores da Criação. Trata-se de um evento com palestrantes locais e nacionais, que têm ampla experiência e reconhecimento no meio das artes plásticas.
Entre os palestrantes estão o arquiteto e designer goiano Leo Romano, o designer e curador de design Waldick Jatobá e o crítico Guilherme Werneck. O seminário recebe ainda o curador de arte e galerista Oto Reifschneider e a curadora de cinema e cineasta Márcia Deretti.
Serviço
II Feira de Arte de Goiás (Fargo)
Onde: Vila Cultural Cora Coralina – Rua 3, esquina com Avenida Tocantins, s/nº – Centro
Quando: 24 a 28 de outubro de 2018 (quarta-feira a domingo) – Sempre das 10h às 22h